terça-feira, 31 de agosto de 2010

Alguém sabe como posso acabar com esta ansiedade, esta angústia? Quero mandá-las para as urtigas e não consigo.

Novo email

Por razões que me ultrapassam, apartir de hoje o email deste blogue é:
Actualizem por favor nos vossos contactos. Não respondo mais aos emails na conta do gmail. Obrigada.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eu adoro a minha filha, mas também gosto do silêncio quando ela está em casa do pai.

Pergunta número 17

Há pouco, a propósito deste post , a Z disse: "Também pensava assim...até me ter atirado, vivido os dias mais felizes da minha vida, para agora estar em cacos. Não sei se o sofrimento compensa. Não sei se volto a arriscar!".
Pois essa é a questão, arriscar ou não. Eu vou ser franca, detesto o sofrimento e acho que de pouco me vale amar, para passados uns dias estar desfeita. Para isso, prefiro nem viver a felicidade, a euforia de uma paixão. É lógico que se não arriscar, nunca acertarei na pessoa, é verdade. Mas está muita coisa em jogo e não sei se estou para isso. Se não viver sentirei a vida a passar-me ao lado, mas se viver e der para o torto (que é para onde dão 99,9% das vezes) vou sofrer horrores e essa parte dispenso, obrigada.
Sou uma não-romântica, mas crente no amor. Quando dou aquele género de conselhos às minhas amigas, também digo outras coisas que as trazem à terra. Como fazem? Arriscam?

Amiga: Homens sensíveis?!? Tu andas louca, Rita. Homens sensíveis?!? Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ... Só se forem gays...

E eu sou a amiga maluquinha que diz:
- Atira-te. Vai. Porque não te metes num avião e encontram-se em Paris? Já imaginaste? Vai B. atira-te de cabeça e saboreia tudo a que tens direito, se depois vieres em cacos eu estou aqui. Mas não deixes de viver isto. Depois cá nos arranjamos.

Eu não sou romântica, juro. Mas deste alperce surge um amor com direito a cartas de amor em francês e tudo. Estou rendida.

(clicar em cima do texto)

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21/10/1935

Oh Sofia, obrigada. Nem queria acreditar. Um beijo enorme para ti e para o Martim.

Estou preocupada

Anda alguém desde ontem a ler o blogue todo, de fio a pavio. Coitada (o), nunca mais vai ser a/o mesma (o).

domingo, 29 de agosto de 2010

Ei...

Não me perceberam. Eu não saio daqui sem (quase) todos os meus leitores. Não saio sem vocês e sem os meus textos. Era o que faltava...

Assim não vale

E logo a seguir à publicação do último post, não é que recebo uma mensagem de uma leitora e blogoamiga que me define como: querida, espontânea, impulsiva, verdadeira, intensa e diz que a blogosfera tem pessoas fantásticas.
Chorei, claro. Que querem? Sou assim uma pateta alegre é o que é. Foi uma das melhores coisas que fiz na vida: ter um blogue. Por vezes arrependo-me, mas as coisas boas são em muito maior número que as más, sem dúvida.

Merecem uma explicação

Todos (ou quase todos) que me lêem merecem uma explicação para a minha ausência. Não ma cobraram - é uma verdade - mas eu sinto que a devo dar. Devo, porque vos respeito, porque gosto de vocês e porque este blogue não seria nada se não fosse lido. Não é o que fazemos às pessoas de quem gostamos? Explicamos o porquê de determinada atitude, o porquê de determinado comportamento. Eu pelo menos sou assim com toda a gente que faz parte da minha vida ou que por qualquer motivo se atravessou nela. Das coisas que mais gosto, é conversar e é isso que vou fazer agora, conversar com os melhores leitores da blogosfera.
Nos últimos tempos que aqui escrevi devem ter reparado, que andava triste, em baixo mesmo. Como o que aqui escrevo é verdadeiro e não ficção, os posts andavam sempre à volta do mesmo, dessa tristeza. Escrevia sobre aquilo que vocês não entendiam e para ser franca, acho que nem eu mesma entendia e quis acabar com isso. Porque quis sair desse ciclo e porque não queria que determinadas pessoas lessem o aqui estava e se calhar, até aplaudissem de satisfação. Eu já não suportava o que escrevia e embora o blogue seja meu e eu escreva aqui o que me der na gana, há coisas que por ter tanta gente a ler-me, não devo aqui pôr.
Alguns sabem que tenho um outro blogue, um blogue chamemos-lhe: secreto. Ninguém o lê, só eu. E ali grito, berro, esperneio, rio, choro, sem censuras, nem auto-censuras e foi aquele blogue que me salvou nos últimos dias. Não sei se vou ter coragem de manter este lugar aqui, onde todos os dias desabafo disparates, mas queria que continuassem a ler-me. Há muito pouca gente a quem gostaria de "barrar a leitura", mas há. Não sei como vou fazer para trazer todos comigo, para um novo lugar, sem o publicitar. Não sei como fazer, mas vou conseguir, garanto-vos. Quando voltar de férias terei com toda a certeza a resposta.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ainda o que me salva é o outro blogue. Lá posso escrever tudo e mais alguma coisa, ninguém o lê.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu volto, não sei é quando.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Teresa, tens uns olhos lindos...

E hoje tive o meu primeiro encontro com uma blogoamiga, a Teresa. Ela veio ter comigo à minha praia, sentir o meu lugar, o cheiro da minha terra a maresia. Estivemos sentadas no muro da marginal a falar de coisas da vida e de gaija. Desculpa o meu sal e estar toda transpirada de correr. A próxima sou eu que vou a Lisboa, fica prometido.

Estou totalmente apaixonada por esta música



Totalmente rendida à letra, à voz, a tudo... Eu caso com quem me cantar isto ao ouvido.


Adoro os leitores do meu blogue, já tinha dito? Adoro a sensatez, a energia positiva que me transmitem. Choro, rio, dou gargalhadas, comovo-me com os vossos comentários, quase nunca fico indiferente. Obrigada.

Há pessoas que nos tocam no corpo, mas poucas (muito poucas) nos tocam a alma.

As pessoas têm a importância que lhes damos.

Quem me conhece bem, sabe que sou meio desbocada, maluquinha, aluada, distraída, que faço piadas com tudo, que não me calo, mas há pessoas que devem deduzir que tudo isto é sinónimo de estupidez. Mas, acreditem que de estúpida tenho muito pouco, muito pouco mesmo. Detesto que me tomem como tal.

Pergunta número 16

Contem-me cá uma coisa, vocês não acham que as cabras sofrem menos?
Pelo que vejo são pessoas que não se envolvem, não choram, passam por cima das pessoas sem olhar para trás, são insensíveis, tudo isto junto deve facilitar-lhes imenso a vida, não concordam?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Podia ter sido eu a escrever isto:

A receita é esta: vou lá para baixo para a marginal e ando, ando com passo rápido até não sentir as pernas. Fico tão cansada que só quero dormir. Espero daqui a nada estar a fazer isso, dormir.

Voltei. Faz-me tão bem.

Maluquinha eu sei...

Preciso de me cansar de umas músicas para não as querer ouvir mais, acham que se as puser em modo repeat todo o dia, resulta?

Três dias sem ir à praia, acho que já estou branca.

(clicar em cima do texto)

Alguém sabe de um bom curso de fotografia? Bom mesmo, que eu tenho muitos sítios para gastar o meu rico dinheirinho. O melhor.

Alguma coisa mudou dentro de mim. Já não há volta, nunca mais vou ser a mesma.


Chove. Chove muito. Chove a potes e eu não estou preparada para isto. O Verão não pode acabar, por favor nãoooooo...
Inspiraaaaa, expiraaaaa, inspiraaaaa, expiraaaaaa... Porra...

Não há nada que um abraço de um filho, não consiga. Desisti de ser puta, parei de chorar e dormi embalada nele.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Na próxima encarnação quero ser mais puta, mais cabra, com um feitio muito pior do que este desta vida. De certeza que me vou lixar menos.

Podia ter sido eu a escrever isto:

Há dias em que olho para o espelho e pergunto quem é a mulher reflectida na imagem. Nem sempre sei bem quem está por baixo da minha pele. Há muitas mulheres dentro de mim, não é sempre a mesma que vence na guerrinha que fazem entre elas. Tento olhar-me para dentro, saber que mulher sou eu afinal. Não consigo chegar a grandes conclusões. Há dias em que sou a amiga, a que oferece o ombro e diz que "tens razão". Noutros consigo atirar a verdade crua, ser caústica. Há dias em que sou destemida, aventureira. Noutros sou bicho do mato, virada para dentro. Há dias em que sou um muro de lamentações, noutros não tenho gota de paciência. Posso dar por mim a adorar viver para o meu próprio umbigo mas depois há momentos em que me faz falta ter uns braços à volta da cintura. Posso dar oportunidades ou dar cabo de todas elas. Consigo ser amorosa ou uma besta.
Há dias em que uso a maquilhagem e as roupas para dar força à mulher que acordou cá dentro, noutros abafo-a por não simpatizar muito com ela. Há, no entanto, características e vincos de personalidade, que penso serem a minha essência, que não mudam, são comuns às gajas que tenho dentro de mim. A maquilhagem não os disfarça e a escolha de roupa é inglória. Posso nem sempre saber quem sou, mas quem é que sabe? "Everybody is a litle bit fucked up every now and then", e o melhor é aceitarmos isso, poupa-nos algumas lutas.

Chorar é bom. Lava a alma. Isto também é viver, não é?

Está tudo tão claro para mim...

Frase do dia

Amiga: "Os homens são todos iguais. O que por um lado é óptimo, sabes de antemão com o que podes contar".

Gostava que alguém me explicasse porque é que quando peço um café me perguntam: Quer adoçante? Porra, estarei assim tão mal (leia-se gorda) que não mereça pôr açúcar?

Só para si

Não vou publicar esses comentários. Esqueça, é melhor desistir. Se o faz para me irritar lamento mas não consegue, só rio. Já pus a hipótese de achar que dado o massacre irei publicitar o seu blogue promovendo uma guerrinha, também não o farei. O melhor mesmo é arranjar uma vida e uma forma de ter leitores.

Já sabem da minha fixação pela Elle Macpherson. Quero envelhecer assim, tal e qual.

Adoro # 19

Há um exercício que pouca gente pratica, mas que eu adoro: pensar. Faço muito, se calhar demasiado.

domingo, 22 de agosto de 2010

Há momentos do dia que forçosamente tenho que estar sozinha, falar comigo própria. Conversamos tanto, eu e a minha alma.

O fim do banho tem imenso que se lhe diga.

sábado, 21 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Maldade pura

Ontem ao passar por uma televisão:

MC - Mãe quem é que está a jogar?
Eu - A jogar não sei. Está o Sporting a perder.

Pronto, voltei ao normal

E o meu Porto, ontem??? Que coisa mai linda! O resultado claro! (cof cof)

Estou insuportável, eu sei. Mas hoje estou assim, que fazer? Isto passa rápido, prometo.

Love is in the air...

E eu que não sou romântica, tenho que reconhecer que estou cercada de amor. Há quem tenha partido para Veneza, há quem vá hoje esperar o seu amor ao aeroporto e não fale de mais nada. E há quem vá deixar o seu país para seguir o amor. Pois é, a minha cunhada (sim, agora já é oficial-cunhada) deixou a Suécia e veio para cá. Tudo pelo amor.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hoje tive que pôr um cobertor na cama. Será que o Verão - pelo qual esperei dias e dias - está a acabar?

"As palavras são os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso." - MRP

Porque - para mim - há sempre um regresso, sempre.

À Primeira Vista
Composição: Chico César


Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Salif Keita dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Hoje descobri que tenho cerca de 7150 comentários no meu blogue.
Ooohhhh... obrigada :).


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanca

E há quem insista que as jardineiras são só para jardinar. Mas não.
Só mostra que não percebem nada disto.

A MC não tem o mínimo de paciência para estar só com adultos. Ela é que tem razão, eu às vezes também não.

Prefiro mil vezes praia a piscina. Um mergulho numa piscina não é nada, um mergulho no mar é tudo para mim.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Adoro # 18

Ver a minha filha a dormir. Ontem adormeceu no sofá quando chegou da praia, fiquei a olhá-la e o meu coração ficou pequenino. Ela não é minha, é do mundo.







Por Leça, no século passado.