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Há dias em que olho para o espelho e pergunto quem é a mulher reflectida na imagem. Nem sempre sei bem quem está por baixo da minha pele. Há muitas mulheres dentro de mim, não é sempre a mesma que vence na guerrinha que fazem entre elas. Tento olhar-me para dentro, saber que mulher sou eu afinal. Não consigo chegar a grandes conclusões. Há dias em que sou a amiga, a que oferece o ombro e diz que "tens razão". Noutros consigo atirar a verdade crua, ser caústica. Há dias em que sou destemida, aventureira. Noutros sou bicho do mato, virada para dentro. Há dias em que sou um muro de lamentações, noutros não tenho gota de paciência. Posso dar por mim a adorar viver para o meu próprio umbigo mas depois há momentos em que me faz falta ter uns braços à volta da cintura. Posso dar oportunidades ou dar cabo de todas elas. Consigo ser amorosa ou uma besta.
Há dias em que uso a maquilhagem e as roupas para dar força à mulher que acordou cá dentro, noutros abafo-a por não simpatizar muito com ela. Há, no entanto, características e vincos de personalidade, que penso serem a minha essência, que não mudam, são comuns às gajas que tenho dentro de mim. A maquilhagem não os disfarça e a escolha de roupa é inglória. Posso nem sempre saber quem sou, mas quem é que sabe? "Everybody is a litle bit fucked up every now and then", e o melhor é aceitarmos isso, poupa-nos algumas lutas.
4 comentários:
Tb poderia ter sido Eu! :)
É fácil de nos identificarmos com isso...
Partilho :D'
Acho que este texto nos retrata a todas...
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