sábado, 31 de outubro de 2015

o teu sorriso

nos meus olhos e na minha boca.

o sorriso


por baixo da barba desgrenhada.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

mc - só a cpcj é que pode resolver isto:


a minha doce filha fodeu, ai desculpem lixou, ai não: estragou o 5º andante da metro do porto.

- Olha MC, tu não me pagas nenhum ordenado, faz-te à vida e vai lá tratar disso. Aproveitas e entregas este papel da escola, ok?
- Ai mãe, que seca... mas, eu vou.

{deve ter percebido que era desta que me lebaba duas lamparinas bem dadas}

liga à tarde e diz:

- ai mãe, a menina da metro do porto está a dizer que a mãe tem que vir cá, tem que pagar um novo andante e tenho que trazer o cartão do cidadão...
- o quê? ainda há um mês o mostramos. ela deve estar a brincar. era o que faltava eu ter que ir para aí outra vez para essas filas.
- mas, oh mãe...
- passa o telefone à rapariga.
- a minha mãe quer falar consigo.

{oiço ao lado: ah pois! mas eu não posso falar ao telefone com os clientes}

- oh mãe, a menina diz que não pode falar ao telefone...
- ai não pode? põe isso em voz alta. ela não pode falar, mas pode ouvir...

a mc põe o telefone em alta voz e eu começo a resmungar que isto e assado...

de repente, a mc:

- pronto mãe, acalme-se. a menina vai dar-me o andante. e já resolveu do papel da escola.

chega a casa furiosa e diz:

- tive que pedir-lhe desculpa. até corei, mãe. pedi-lhe desculpa e disse-lhe: a minha mãe é sempre assim: exaltada, desculpe lá.
- ??????

esqueceu-se é que não fosse a mãe exaltada andava a pé. sim: eu não ia lá outra vez. arre, lá para a miúda :-)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

#seupensamento#

A uma hora dessas
por onde estará seu pensamento
Terá os pés na pedra
ou vento no cabelo?

A uma hora dessas
por onde andará seu pensamento
Dará voltas na Terra
ou no estacionamento?

Onde longe Londres Lisboa
ou na minha cama?

A uma hora dessas
por onde vagará seu pensamento
Terá os pés na areia
em pleno apartamento?

A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento
Por dentro da minha saia
ou pelo firmamento?

Onde longe Leme Luanda
ou na minha cama?

do rigor jornalístico:

O comunicado do Ministério da Defesa Nacional:

"COMUNICADO

Na sequência da notícia publicada, hoje, dia 25 de outubro de 2015, no Jornal de Notícias, com chamada de capa e o título “100 “boys” nomeados com Governo em gestão”, o Ministério da Defesa Nacional informa:

- O ministro da Defesa Nacional não efetua qualquer nomeação, para a estrutura do Ministério da Defesa Nacional, desde 20 de março de 2015.

- As nomeações publicadas para cargos de Direção Intermédia de 1º e 2º grau, são da competência da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional e da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, e resultam da reorganização da estrutura do Ministério da Defesa Nacional da qual resultou a fusão de duas Direções-Gerais - DGAIED e DGPRM;

- As nomeações em causa, como refere o próprio Jornal de Notícias, são na sua esmagadora maioria de recursos humanos, agora denominados de “boys”, que estão no Ministério da Defesa Nacional há vários anos e que sempre desempenharam funções equivalentes, nas Direções-Gerais agora fundidas.

- No âmbito da “Reforma da Defesa 2020” foi alcançada uma redução de 11% dos Cargos Dirigentes e uma redução de despesa global superior a um milhão de euros anuais, no quadro dos Dirigentes Superiores e Intermédios.

O Ministério da Defesa Nacional lamenta a falta de rigor jornalístico do Jornal de Notícias, sendo que toda a informação constante neste comunicado foi prestada atempadamente à jornalista em causa, de nada tendo valido.

Lisboa, 25 de outubro de 2015"

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

« {...}Pode ser cruel a eternidade Eu ando em frente por sentir vontade{...}»



Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer, mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente por sentir saudade

Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that I am sad
I take my ride in melodies
And bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together

'Cause I can forget about myself trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
And please my day
I'll let you stay with me if you surrender

nem sei se ria ou chore



ca puta de loucura.
é este o país que queremos?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

inveja. da boa, claro


da minha vizinha debaixo. não, a gaja não tem um 1,76 e é gira.
ela deita-se com «um pedal» e levanta-se com uma genica que deumalibre.
todos os dias, lá pelas onze da noite, grita como uma desalmada: barafusta com o filho de uma maneira que desconfio que se ouve lá em baixo na praia. e reparem que são 8:14 e ela já grita outra vez. eu, que acordei às 6h30, ainda aqui estou de caneca de café na mão a ver se consigo escrever duas linhas que façam sentido. há gente fantástica.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

mc a doidinha


hoje foi dia da mc almoçar na escola. recebo sms:

- ai mãe, estou a ver o josé fidalgoooooooo!
- que bom, diz que a tua mãe amandou-lhe um beijo, ?
- ai mãe, ele é tão lindooooo...

raça da miúda que até nisto, sai a mim.

a adolescência acaba quando, mesmo?


outro dia, alguém falava que era por volta dos 30. foi piada, de certeza.
acaba aos 15, não acaba?

isto com odivelas, já não vai lá


até porque, entretanto, a escola fechou.
cpcj? olhem, já nem sei...

ontem, depois de a mandar mais de 10 vezes vestir o pijama e arrumar as coisas para hoje.

- Oh mãe, pelo amor de Deus, deixe-me fazer o que quero. A mãe tem que compreender que eu já tenho 14 anos.

- ?????

mas, calma

não votei e sinto-me fodida na mesma.
foda-se.

se eu tivesse votado PS neste momento sentir-me-ia

fodida.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

esta minha filha é tão parva, pááááááá


- oh mãe, a mãe está com um feitio insuportável. por favor, diga-me que é tpm para eu ficar mais descansada...


{3 dias de cama e eu queria ver... eu dou-lhe o feitio. raça da miúda :-)}

nos últimos dias {desde sexta para ser mais concreta}

substitui o tinto pelo chá
os queijos pelo limão
e os cigarros por gengibre

sinto-me a morrer.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

este sentimento - tãooooo - meu:

o amor. generoso. altruísta.

hoje


olhei para ti enquanto falavas. continuei a ouvir-te, mas fiquei perdida nos meus pensamentos e perguntei-me: porque é que será que o amo?

continuei a olhar, fumavas um cigarro. o teu cuidado em protegeres-me do fumo {coisa que detesto de manhã e sabes!} deu-me uma resposta. mas, quando me cheguei a ti e senti o teu cheiro percebi que é outra das razões. depois, abriste um sorriso e pensei que essa foi a principal razão porque me apaixonei - irremediavelmente -  por ti, há 5 anos. há exatamente tantos anos quantos os que te conheço: a alma.

★‏


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

maaaassssssssss

hoje passei na praia e estava do «outro mundo».
a ver se sábado vou lá dar um mergulho.

é oficial:

acabou o verão.
estou a assar castanhas para a mc.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

foda-se, é tão isto :-)


«Depois da tempestade, remar duas vezes

O que incomoda muita gente é a possibilidade de reconstrução que cada um de nós tem. A maior vitória que podemos dar a nós mesmos é a perseverança, o progresso. As versões actuais são melhores que as anteriores. É isso que realmente incomoda essas pessoas destrutivas: olharem ao longe, enquanto nos reconstruímos, mais e melhores, imunes à sua existência. Lambemos e curamos as feridas, mas não as esquecemos. Usamo-las, como se fossem uma armadura que nos protege dos erros do passado. E guardamos em nós essa verdade, que por vezes ainda pode doer: as pessoas que nos destroem, nunca serão as mesmas que nos constroem.».

PedRodrigues

do que sempre acreditei: não são as circunstâncias


não são as circunstâncias. 

é a alma. é o coração, o que trazemos do lado de dentro de nós. é isso: o que nos define.

esta miúda é extraordinária:

ontem entrei no quarto da MC, no sofá tinha bikinis, com camisas de flanela, calções, com calças de sarja. o tempo anda bipolar é um facto, mas ela também não é muito certa da cabeça. deumalibre.

amor - quase - perfeito



Amor perfeito
Amor quase perfeito
Amor de perdição paixão que cobre
Todo o meu pobre peito pela vida afora
Vou-me embora, embromadora
Você para mim agora
Passa como jogadora
Sem graça nem surpresa
Diga que perdi a cabeça
Seu eu me levantar da mesa e partir
Antes do final do jogo
Louco seria prosseguir essa partida
Peça falsa que se enraíza
E faz negro todo meu desejo pela vida afora
Vou-me embora, embromadora
E quando eu saltar de banda
E quanto eu saltar de lado
Vou desabar seu castelo de cartas marcadas
E tramas variadas
Sim
Seu castelo de baralho vai se desmanchar
Desmantelado
Decifrado
Sobre o borralho da sarjeta
Chegou o inverno.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

melhor do que o dia das eleições só o a seguir a elas

o chorrilho de disparates no facebook é de revirar os olhos.

domingo, 4 de outubro de 2015

ora, está visto

daqui a um ano lá estaremos outra vez a votos. tenho que levar cadeira, não me posso esquecer.

estes comunas, só ao estalo. ainda estou para ver se o  costa vai alinhar nesta palhaçada. o povo votou nesta coligação e estes gajos - que se dizem democráticos - não aceitam a nossa decisão.

ainda não parei de rir

as eleições num dos meus blogues de eleição: 31 da armada

muito bom. rodrigo moita de deus: i love you..

foda-se

passou-me pela cabeça que a sic ia «cortar o pio» ao Presidente da República para dar o direto ao Sócrates. até parei de respirar, mas pelos vistos, aprenderam alguma coisa com o Pedro Santana Lopes.

foda-se


tinha dezenas de pessoas à minha frente para votar, quase que desmaiei. deumalibre.*

Isto pode parecer uma queixa: não é. teria lá ficado o dia todo, mas podiam ter avisado teria levado uma cadeirinha, carago. não aguento das varizes.


do amor tal como o vejo:


«Transborde. Pelos poros. Pelos gestos. Em todas as suas atitudes e escolhas de vida. Transborde todo o seu amor, livre de dúvidas ou quaisquer mentiras. Não tenha medo de encher-se até o ponto onde os seus sorrisos vazam. Isso apenas incomodará aqueles que se sentem vazios. Deixe as suas doces gotas de felicidade correrem pelo caminho. Transborde. Sem medo da profundidade. Não opte pelo raso apenas para sustentar os que não se arriscam. Talvez seja triste dizê-lo, mas deixe-os afundarem sozinhos. Senão, eles nos arrastam. Junto com as suas imaturidades, as suas vaidades e egoísmos. Não se afete pelo orgulho ou indiferença alheia. Não se esvazie por isso. A maré da vida sempre nos diz quem é capaz de ficar. Quem se garante no amar e o seu horizonte infinito. Os demais, saiba deixar para trás. Transborde amor. Muitos ainda buscam por isso. »-

estas palavras de um homem: homem que sente

sábado, 3 de outubro de 2015

das coisas bonitas do meu verão {que ainda não acabou}*:



acabei de dar um mergulho no mar da minha terra. um mergulho profundo com a água gelada. a praia deserta. restos da luz de setembro. um calor brando e eu perdidamente apaixonada.

* acho que o verão deixou de ser uma estação para passar a ser um estado: ele vive agarrado à minha alma.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

pensamento



amo-te.

sinto


o meu coração a rebentar de amor e gratidão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

das coisas bonitas do meu verão {que ainda não acabou}:


ele: cheguei à praia, sentei-me. olhei o mar e só desejei que estivesses ali: a olhar para mim. tu dentro do mar...

podiam ser os nossos filhos



Lamar, 5 years old

Horgos, Serbia. Back home in Baghdad, the dolls, the toy train, and the ball are left; Lamar often talks about these items when home is mentioned. The bomb changed everything. The family was on its way to buy food when it was dropped close to their house. It was not possible to live there anymore, says Lamar’s grandmother, Sara. After two attempts to cross the sea from Turkey in a small, rubber boat, they succeeded in coming here to Hungary’s closed border. Now Lamar sleeps on a blanket in the forest, scared, frozen, and sad.



Mahdi, 1,5 years old

Horgos/Roszke. Mahdi is one and one half years old. He has only experienced war and flight. He sleeps deeply despite the hundreds ofhumans climbing around him. They are protesting against not being able to travel further through Hungary. On the other side of the border, hundreds of police are standing. They have orders from the Primary Minister Viktor Orbán to protect the border at every cost. The situation is becoming more desperate and the day after the photo is taken, the police use tear gas and water cannons on the humans.


Abdul Karim, 17 years old

Athen, Greece. Abdul Karim Addo has no money left. He bought a ferry ticket to Athens for his last euros.
Now he spends the night in Omonoia Square, where hundreds of humans are arriving every day. Here, smugglers are making big money arranging false passports as well as bus and plane tickets to people in flight – but Abdul Karin is not going anywhere. He is able to borrow a telephone and call home to his mother in Syria, but he is not able to tell her how bad things are.
“She cries and is scared for my sake and I don’t want to worry her more.”
He unfolds his blanket in the middle of the square and curls up in the fetal position.



Ahmad, 7 years old

Horgos/Roszke. Even sleep is not a free zone; it is then that the terror replays. Ahmad was home when the bomb hit his family’s house in Idlib. Shrapnel hit him in the head, but he survived. His younger brother did not. The family had lived with war as their nearest neighbor for several years, but without a home, they had no choice. They were forced to flee. Now Ahmad lays among thousands of other humans on the asphalt along the highway leading to Hungary’s closed border. This is day 16 of their flight. The family has slept in bus shelters, on the road, and in the forest, explains Ahmad’s father.

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