Embora também adore aquele teu ar sério, ou quando ficas danado com qualquer coisa, sai-te a alma pelos olhos (hoje disse-te isso).
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Conclusões do meu dia
A coisa mais bonita que ouvi hoje...
Lindo, este poema... há anos que não recebo uma carta de amor.
Escreve-me ...
Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d'açucenas!
Escreve-me!Há tanto,há tanto tempo
Que te não vejo, amor!Meu coração
Morreu já,e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d'oração!
"Amo-te!"Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d'amor e felicidade!
Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então...brandas...serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...
Florbela Espanca
E isto já parece obsessão
Hoje # 2
Há noites em que gostava de ser uma princesa
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Deixem-me ser egoísta
Depois de ler isto. Só consigo pensar que não merecia ter lido aquelas mensagens.
À menina que veio cá deixar os comentários de madrugada:
Duas coisinhas: você não sabe ler, muito menos interpretar e agora como se diz aqui na minha terra - BAIMEÀLOJA.
Arre lá para os perfis anónimos.
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
O nosso piquenique
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
E porque eu acho que vocês são adoráveis...
Esta era a frase inicial (retirada de um blogue: cartas à filosofia): Um projecto que parecia tão real, tão próximo, que é despejado por terra como um castelo de cartas e nos torna simplesmente descrentes.
Um projecto que parecia tão real, tão próximo, que é despejado por terra como um castelo de cartas e nos torna simplesmente descrentes. É a descrença que assusta, nunca quis tornar-me uma pessoa descrente no amor, nunca… E eu já não acredito que alguém me vá amar como tu me amaste, eu já não acredito que alguém me vá fazer o que tu me fizeste. Desta vez não tinha um projecto, deixei-me levar e o que isto me trouxe foi bom, muito bom. Era o estado em que queria estar sempre: enamorada. Sem os problemas do dia-a-dia, da convivência. Tinha um castelo que parecia tão real, tão próximo, que é despejado por um projecto como cartas de terra e nos torna simplesmente descrentes.
Ele era tão real, tão próximo, como se tivesse estado sempre ao meu lado e a verdade é que nunca tinha. E isso é incrível. Nunca me tinha acontecido, me sentir atraída por alguém pela escrita. E aquilo que vivemos, não era um projecto: era um esboço de uma aguarela, clarinha, clarinha. Mas as marcas da aguarela, podem ser claras, que não deixam de ser marcas. Já não as conseguimos limpar da tela. A tela nunca mais vai ser branca, vai ficar marcada para sempre. Como ficou marcada a minha alma.
Um projecto que parecia tão real, tão próximo que torna a terra como um castelo de cartas e despeja-nos a descrença. Um castelo de cartas caiu quando saíste de Leça. Agora entendo que era um jogo. As cartas estavam em pé, tu empurraste a primeira e eu, com medo e ansiosa, segurei o baralho a meio. Eu queria continuar a jogar. Segurei o baralho e a outra metade ficou intacta. Pouco a pouco comecei a levantar as que tinhas deitado abaixo; faltavam-me três, o cansaço e a ansiedade atrapalharam-me as mãos. Quando levantei a terceira, um movimento em falso deitou tudo abaixo.
E este aqui é o comentário de um dos meus professores preferidos: As frases/hipérbatos dão intensidade e capacidade de sedução ao texto, pois acentuam o seu carácter metafórico. Numa narrativa em que a acção é eminentemente psicológica e os sentimentos são revelados de forma crua, directa, pungente, a imagem do castelo de cartas a desabar confere beleza estética à ideia de perda amorosa e de desagregação emocional.
Mas há mais frases de bom recorte literário e força narrativa, como “era um esboço de uma aguarela, clarinha, clarinha” ou “a tela nunca mais vai ser branca, vai ficar marcada para sempre. Como ficou marcada a minha alma”.
Em resumo, o texto é feliz porque, para além da catadupa de emoções, tem um registo metafórico certeiro, sustentado na associação de um castelo de cartas a cair com o fim de uma relação amorosa. O final do texto é particularmente enternecedor: “Eu queria continuar a jogar. (...) Quando levantei a terceira, um movimento em falso deitou tudo abaixo”. Acontece aos melhores...
Queria contar-te
Apeteceu-me repetir este post que data de 13de Outubro. Apeteceu-me...
Gosto...
Gosto de homens descomprometidos
Esta música espelha tão bem o último post
Atentem na letra. Porque a letra é que tem força e a voz desta mulher é de outro mundo.
O comentário que deu post # 8
Adoro! E mesmo quando as minhas amigas me dizem "não devias ter-lhe dito que gostas dele... vais afugentá-lo" eu nem quero saber. É que não era suposto isso acontecer, a ideia era acontecer o contrário, mas se não acontece então é porque também não vale a pena. Até acaba por ser uma boa forma de arrumar logo com o assunto e nunca fico entalada com aquilo que sinto e a pensar mais tarde que "se calhar se tivesse dito....".
Antes pensava muito nas coisas para as fazer direitinho... Agora adoro ser espontânea (menos rugas).
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Minhas queridas leitoras e leitores (em menor número, eu sei)
Eu sei que vens aqui
Eu ...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!
Não ´stendas tuas asas para o longe…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…
Florbela Espanca - Trocando olhares - 26/06/1916