segunda-feira, 30 de junho de 2014

isto

atesta a minha sanidade mental :-)

tudo AQUI

fui dar um mergulho à hora do almoço


é que se vinha para aqui dizer que ia, ficava mau tempo de certeza. sempre que falo antes, acontece alguma coisa. que hora do almoço fantástica eu tive :-) é destas segundas que eu gosto.
amanhã vai chover e vai trovejar. medo.

ora, vamos lá a isto

 

boa semana :-)

sábado, 28 de junho de 2014


foda-se


eu, hoje ia à praia. passei a semana a pensar neste dia.
ai e tal, deixa lá, vais amanhã que já vem o sol. AMANHÃ NÃO POSSO, TRABALHO.

sou muito feliz assim


programa não planeado com as amigas de sempre. cheguei lá com as amigas da MC, acabamos por jantar todas. foram chegando os de sempre: os que chegam e vão, os que saem do mar às nove da noite de surfar, os que chegam e decidem ficar, os que só dão dois dedos de conversa, os que nos contam histórias. e nós ali, perto do mar, a rir, a sorrir, a dançar, a viver. nós somos felizes, muito felizes, com pouco.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

é sextaaaaaaaa


vou ter que trabalhar no fim de semana? vou. oh pá, mas que se lixe amanhã vou dar um mergulho no [meu] mar. há coisa mais maravilhosa do que isso?



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Meu Deus:


Dá-me genica para despachar todo trabalho da próxima semana de UM SÓ cliente. Já era uma grande ajuda para eu poder ir, todos os dias dar um mergulho à praia. Criatividade precisa-se, com urgênciaaaaaa.

abençoado o dia que criei este blogue


a amizade, as palavras, o carinho, a dedicação, "o" tudo o que me dão desse lado. obrigada.

sou tão gajo


ahahahahahahahahahahahahahah
obrigada pela partilha, paula.

faleceu, coitadinho


ao fim de quase 4 anos a usá-lo, o meu sitemeter morreu. já há vários dias que me fiquei pelas 1.547.481 de visitas. muito agradecida, sim? vamos ver se consigo zerar tudo. eu que tinha cerca de 1000 visitas diárias, agora nos últimos tempos 700/800, neste momento tenho 0. Não me digam que já não andam por aí :-)

ainda da noite de ontem


não quiseste, só andaram eles. insisti, achaste-me louca como achas sempre. no fim da noite, acabaste por dizer: deviamos ter andado de carrinhos de choque.
Acordei com uma mensagem a dizer: ainda tenho fichas :-). Vamos lá a isso, aposto que ganho uma corrida, está prometido.

top


saudades, muitas saudades


da MC ser pequenina, de caber no meu colo e pedir-mo.
ontem tive muitas saudades desse tempo e perguntei-me como é que vou aguentar o tranco. :-) esta fase da adolescência não é fácil. deumalibre.

da noite de ontem


o entendimento. a cumplicidade. a amizade. do que sentimos. adorei.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

só as muito corajosas

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

Martha Medeiros

"esqueci-me que estava de escala de prevenção"

ahahahahahahahahahah

- fui para a esquadra de vestido de flores e botas!

o que trouxe comigo:



O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver
Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu
O nosso amor a gente inventa, inventa
O nosso amor a gente inventa, inventa
Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa
Mas ficou tudo fora do lugar
Café sem açúcar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma estória romântica
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu

Cazuza

atualizações ao último post:

outro sms: Gosto do agente Zé. tem uma t'shirt make love not war!

estou à gargalhada. se for o polícia, que esteve ontem na empresa onde presto serviços a levantar um auto de ocorrência, jesus-maria-josé, só de bomba de oxigénio. senhor meu, um avião.

ahahahahahahahahahahahahah


Amiga advogada, de escala no Tribunal de *********.

Foi chamada, o arguido foi preso. Passada uma hora, ligo-lhe, recusa a chamada.
Acabei de receber este sms: " Não posso falar. Estou na cave da esquadra de ********* fechada para reconhecimentos policiais. Que excitação. Homens com corpo à séria e eu aqui, fechada com eles.".

ahahahahahahahahahahah

nunca chegámos a ir. por ti, não por mim*


tu ficas-te pelas intenções, eu faço. não sou melhor, nem pior do que tu somos muito diferentes. eu sou de agir, não de pensar. mas, quero que saibas que quando ages, és muito melhor do que eu.

*private post

a intenção era boa

 
Vim agora do Mar Shopping. Vinha aqui dizer-vos que estão a dar dinheiro na Massimo Dutti, mas afinal parece que são só saldos.


Martha Medeiros

Por isso é que eu não penso: só vivo.

a ouvir em modo neurótico:




:-)

terça-feira, 24 de junho de 2014


prometo falhar

«Prometo falhar.»

Foi a única promessa que ele fez, toda uma filosofia em duas palavras, não acreditava na possibilidade da perfeição, nem sequer fazia o que quer que fosse para a alcançar, pois, se não existe, porque havia de a procurar?,... e deixava-se viver pelo que tinha à frente, as opções todas, as portas todas, havia sempre uma hora ideal para a felicidade e era sempre agora, o amor só existe quando alguém desiste de ser perfeito.

«Quero tanto mas deixa lá.»

O abominável medo das pessoas, a abominável capacidade de saciar com metade aquilo que pode ser inteiro, ela tinha medo, tanto medo, medo de errar, medo de não conseguir, medo de não dar o passo certo no sentido certo, muito menos na hora certa, e quando o abraço aconteceu eram dois corpos que se juntavam, sim, mas eram muito mais dois mundos diferentes que não sabiam como se unir, o amor só existe quando dois mundos se unem sem fazerem a mínima ideia de como se hão-de unir.

«O erro das pessoas é procurar o que não existe.»

E ele insistia, abraçava-a depois do sexo e explicava-lhe o conteúdo da vida, a urgência de uma pele, esquecer a possibilidade de um casal perfeito para saborear na perfeição o casal possível, ele e ela, imperfeitos como só eles, ele com rugas por toda a cara, a idade estendida pelo desenho do corpo, ela cansada de lutar, cansada de temer, os filhos, a vida, uma história inapagável para trás, ele e ela com tudo para errar e era isso mesmo que os separava, uma vontade apenas mas por viagens diferentes, o amor só existe quando duas pessoas se encontram no meio de duas viagens diferentes.

«Prometo falhar.»

Prometo amar-te até ao limite, beijar-te até à última fronteira, correr quando bastava andar, saltar quando bastava correr, voar quando bastava saltar. Prometo abraçar-te com o interior dos ossos, percorrer-te a carne com a fome absoluta, e ir à procura do orgasmo todos os dias, a toda a hora, encontrar a felicidade no doce absurdo que nos soubermos destinar. Prometo falhar. Sem hesitar. Prometo ser humano, aqui e ali ser incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo tão desalmadamente assim? Prometo compreender, prometo querer, prometo acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar. Tudo para te dizer que prometo falhar. E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.

«Foste a maneira mais bonita de errar.»

E ela sentiu a respiração a faltar, hesitou como nunca tinha hesitado, quis pensar aquilo tudo, colocar todas as possibilidades nos pratos da balança, mas quando deu por si não disse «quero tanto mas deixa lá», quando deu por si estava a pensar em como conseguira deixar de pensar, um ou dois segundos de ela própria, o amor só existe quando nos oferece pelo menos um ou dois segundos de nós próprios.

«Se voltas a falhar juro que te amo para sempre.»

E ela falhou. 

in "Prometo Falhar", a mais recente obra de Pedro Chagas Freitas.

Onde vou buscar pedal para isto?


- Mãe, pus um bocadinho de blush. A Maria pôs e eu senti-me pálida ao lado dela. Se a mãe não gostar, eu tiro.

- ????

segunda-feira, 23 de junho de 2014


★ private post ★


quase 7000 posts depois


ainda me pergunto o que é que tanto tenho para escrever?

pergunta número 109


eu sei que sou chata como a potassa, mas ajudem-me lá :-) contactos de casas para arrendar na arrifana ou lá perto. pensem que ao ajudarem-me, estão a fazer a vossa boa ação do dia. assim, custa menos. digo eu...

pergunta número 108


Alguém já usou? Recomendam? Usaram com que fim? Isto atenua MESMO as estrias? Bós containde-me tudo :-) preciso de toda e qualquer informação. Agradecida, tá?

Alguém que a leve e ma traga no final das férias


lá para o dia 14 de setembro :-)
Este ano, a MC teve imensas dificuldades a matemática. A professora sempre me disse para não me preocupar, mas eu andei em cima dela o ano todo. Levantou a nota, mas tirou 3. Ora, a minha filha tem capacidade para muito mais. Combinei com o explicador, agora durante as férias, ele trabalhar com ela. Haviam de ver a cara com que ela acorda todos os dias. Deumalibre.
O Instituto de Odivelas fecha nas férias ou dá para a mandar para lá até setembro? :-)

sábado, 21 de junho de 2014

a quem se lembrou de conjugar


estes dois sabores: abóbora com nozes: o meu muito obrigada. uma das maravilhas da {minha} vida. com requeijão, então, é o céu.


a admiração que temos um pelo o outro.

e lá acabou por confessar


que foi a COISA MAIS BONITA QUE ALGUMA VEZ LHE FIZERAM NA VIDA {sem eu lhe perguntar, com aquela impulsivividade e genuidade que lhe é característica e aos gritos que é algo que também fazemos muito: falar alto}. 

21.06.2014


Ora desculpem as perguntas: é hoje que começa o verão? que merda de tempo é este, %&()=/(&%$#?

calma, pára tudo


A MC recebe TODOS OS DIAS, convites para sair com o filho de um ... ministro!

já lhe disse: Oh filha, tu tem cuidado com as companhias!

Ahahahahahahahahahahahahahah*

*antes que venham para aqui insultar-me: isto é uma brincadeira, o miúdo é amoroso.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

ofereceste-me o bilhete


e ela cantou a música que mais me faz lembrar de ti. aí emocionei-me.
será que alguma vez nos vamos entender? andámos há mais de um ano aqui às voltas, eu continuo a vida como sei: faço o caminho, mas acabamos sempre por tropeçar um no outro. sempre. já te disse que ainda se ouve o barulho que fazemos quando estamos juntos?

como tu dirias: foda-se :-)

da noite de ontem

 
 
 
- A Maria Gadu politizou o concerto de ontem. Estou solidária com os brasileiros, mas o palco do Coliseu merecia mais;
 
- Eu e a maioria das pessoas estavámos à espera das músicas que ouvimos todos os dias;
 
- Muito rockeira;
 
- Maria Gadu, o Cazuza não tem o mesmo significado em Portugal, que tem no Brasil;
 
- Acústica péssima, pelos vistos tiveram um problema com o amplificador;
 
- Ela tem uma voz brutal;
 
- Rendi-me ao Marco Rodrigues.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

vieste para me ensinar

 

“Os vencedores não são os que sabem o momento preciso para avançar; os vencedores são os que sabem o momento preciso para recuar.
E que recuam mesmo.
Ganhar uma corrida é, amiúde, conseguir encontrar força para chegar depois de todos os outros.”

Pedro Chagas Freitas


{...}


{ private post }


- Despe-te, temos que conversar...

:-)

o meu desejo para hoje:


que a missa de ontem tenha fechado um ciclo: o ciclo da tristeza - profunda - em que me encontro há uma semana.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

{ private post }


Ele: Tens noção que fizeste uma das coisas mais bonitas que alguma vez na vida alguém me fez?

Eu: Tenho...


terça-feira, 17 de junho de 2014

um dos segredos do sucesso passa

por saber delegar. cada vez me convenço mais disso, mas para delegarmos temos que saber fazer, minha gente. temos que saber fazer.

da morte


não tenho na morte assunto tabu, falo dela como falo de política ou de um livro. a morte faz parte da vida e não a temo {aqui, quero fazer uma ressalva: tenho medo de morrer antes da minha filha estar encaminhada na vida, de ter adquirido independência}, é lógico que não gostava de sofrer, de ter dor, mas não a temo. talvez pela enorme fé que possuo, considero a morte apenas uma passagem.
a semana passada morreu uma pessoa muito querida, que eu gostava muito e pela qual tinha uma enorme admiração.
 
outro dia, li um artigo em que um sobrevivente de um naufrágio descreveu - exactamente - aquilo que sinto em relação à morte: ele foi encontrado e resgatado 6 meses depois do acidente, quando o levaram a casa, diz ele que o que mais o chocou, foi ver o vizinho cortar a relva.
 
nunca tinha lido nada que descrevesse tão bem o que sinto.

coisas que me rasgam a alma e ma deixam em pedaços


quando quero viver algo, tenho tudo para conseguir. tudo. e a puta da vida faz tudo para que não viva. foda-se.

neste momento, decidi baixar os braços e não é covardia, não julguem. é achar que tenho que parar de dar murros em pontas de facas. estou com as mãos ensanguentadas há 1 ano.

olho para o futuro com coragem e esperança e sem sombra de dúvida mais preparada. vou ali lavar as mãos, desinfetá-las, quanto às cicatrizes que virão: vão lembrar-me sempre, do quão lutadora sou.

top


linda a música da minha manhã


segunda-feira, 16 de junho de 2014


top. adoro este homem e tem tanta razão, mas tanta.

AGRADECIMENTO FOFINHO AOS LITERATOS DESTE PAÍS

Não sou filho de escritores, nem de músicos, nem de presidentes de associações culturais, nem de editores, nem de livreiros. Sou filho orgulhoso dos meus dois heróis: um funcionário público e ...uma empregada de escritório (que mais tarde se tornou, por culpa das necessidades da vida e de uma personalidade de antes quebrar que torcer, esteticista – já depois dos seus quarenta anos).
Não sou amigo de ministros, de presidentes da república, de políticos. Sou amigo de poucas pessoas e estou-me nas tintas para as suas profissões.
Não frequento capelas literárias, não lambo botas a proeminentes figuras da cultura, sejam elas de esquerda ou de direita, não procuro protagonismo nem agradar a quem quer que seja. Frequento cafés de bairro, recintos desportivos, parques públicos, festas populares – e sobretudo a minha casa e a casa daqueles que amo e que quero bem.
Não faço questão de mostrar que li os clássicos, não uso citações de autores unânimes, não me esforço para escrever a literatura que os iluminados gostam de ler. Escrevo o que bem me apetece, quando bem me apetece, da maneira que bem me apetece.
Não creio que a literatura possa ser avaliada à luz de cânones, de preconceitos, de redes fascistas de análise. Creio que há dois tipos de literatura: a que mexe comigo – que é a boa; e a que não mexe comigo – que é a má. Seja escrita pelo escritor que vence prémios seja escrita pelo adolescente que responde no exame. Se mexe comigo é boa; se não mexe comigo é má.
Não me interessa particularmente que me chamem escritor, ou artista, ou qualquer coisa do género. Não me levo a sério em nada e muito menos naquilo que escrevo. Interessa-me que me chamem Pedro, porque é o meu nome, e que vejam em mim apenas isso: um Pedro como outro qualquer.
Não sou intelectual, nunca fui intelectual e nunca serei um intelectual. Sou um gajo que tenta ser porreiro, nada mais, e que tudo o que quer é estar de bem com a vida.
Não acredito em leitores de primeira e em leitores de segunda. Acredito que todo o leitor merece igual respeito, seja qual for a sua ocupação ou a sua formação. Porque a arte não é elitista. As pessoas é que o podem ser.

Em Portugal, meia dúzia de iluminados publica outra meia dúzia de iluminados. Depois, meia dúzia de iluminados elogia - nos seus jornais, revistas, rádios e programas de televisão – outra meia dúzia de iluminados. Mais tarde, a meia dúzia de sempre convida a meia dúzia de sempre para os seus programas de sempre onde faz as mesmas perguntas de sempre com as mesmas respostas de sempre para o mesmo público de sempre. Até porque um artista genial dessa meia dúzia de sempre ganhou o prémio literário de sempre, decidido pelo júri de sempre, composto por dois ou três dessa meia dúzia de sempre. Uma mão lava – e suja – a outra, numa espécie de máfia silenciosa, cobarde, invejosa. É esta máfia que, mais do que tudo o resto, afasta pessoas da leitura. Porque lhes inculca a ideia, bacoca, de que só alguns conseguem escrever como deve ser, de que só alguns conseguem ler como deve ser, de que só os livros que eles querem ler é que devem ser lidos. E é assim que a máquina vai funcionando desde sempre: num círculo fechado, um fenómeno de masturbação selectiva que alimenta toda a gente. E quem vem de fora – um filho de um funcionário público e de uma empregada de escritório, por exemplo – não pode entrar. A não ser, claro, que esteja disposto a pedinchar atenção, validação, aprovação por parte dos Excelentíssimos Padrinhos. Mimalhos.

Os iluminados deste país estão incomodados com o meu sucesso. Dizem que é uma vergonha eu estar no top de vendas. E é. Onde é que já se viu alguém que não os conhece nem tem o mínimo interesse em conhecê-los vender mais do que eles? Dizem ainda que os meus leitores são todos burros, que não percebem nada de literatura, e que os bons escritores são outros – os que eles, curiosamente, conhecem. Destilam ódio por todos os lados, enviam-me mensagens, criticam-me nas redes sociais. E têm toda a razão, os pobrezinhos.
Mas hoje escrevo para repor a justiça – e para, com sinceridade e com carinho, lhes comunicar que é a eles, mais do que a todos os outros, que devo estar onde estou. É a eles que devo nunca ter desistido de escrever, nunca ter parado de lutar, nunca ter pousado a caneta. Porque foram eles, com a sua soberba bafienta, que me levaram a perceber que não é por decreto que se decide qual é a arte boa ou a arte má – muito menos o que é arte e o que não é. Vim do povo, tenho um prazer maluco de ter vindo do povo e estou-me borrifando para o que a elite intelectual tem para dizer sobre mim. E os meus leitores são tão bons como os deles (eu tenho a certeza de que são melhores, mas isso sou eu e a minha opinião nisto é tudo menos isenta). Sejam trolhas, engenheiros, calceteiros, linguistas, cantoneiros ou médicos. Recebo todos os dias dezenas de mensagens elogiosas, e emocionantes, de pessoas de todas as idades, de todos os estratos; tenho nas minhas apresentações centenas (sim: centenas) de pessoas de todas as idades, de todos os estratos - pessoas que já leram Rimbaud, pessoas que já leram os almanaques da Disney e o jornal “A Bola” ou “O Crime”, pessoas que ouvem o Toy e pessoas que ouvem Mahler. Isso interessa-me zero. Nicles. São leitores – e cada leitor merece, de mim, o mesmo respeito. Sem tirar nem pôr. E para mim a arte é isso: tocar nas pessoas, agarrá-las, abraçá-las, fazê-las sorrir, pensar, chorar, olhar, querer ou deixar de querer. Fazê-las ser.

Já vai longa esta humilde prosa – que na verdade serve apenas para agradecer aos literatos, do mais fundo de mim, todo o apoio e toda a força que me têm dado. Sem eles, podem ter a certeza, nunca estaria no top de vendas. Prometam-me, por favor, que continuam por aí. Será essa a garantia de que também eu por aqui continuarei.

P.S.: Aos meus leitores, aqui fica um obrigado muito especial. E um pedido: continuem a mandar bugiar quem quer domesticar com dogmas, com preconceitos, com prenoções patetas. Não precisam de gostar do que eu escrevo – mas se não gostarem façam-no mesmo porque não gostam, e não porque um monte de inúteis vos adestrou. Combinado?
 
Pedro Chagas Freitas

acho que foi por isto que me disseste que sou uma maravilha*


* Coisa ou pessoa que excede toda a ponderação.

in priberam

sou destravada, louca, impulsiva, movo-me pela emoção do momento. acho que somos iguais.

têm sido dias tristes

 

mas ontem e hoje arrancaste-me sorrisos, sorrisos tristes, mas sorrisos. obrigada por isso.

{ private post }

ma·ra·vi·lhar - Conjugar

verbo transitivo

1. Causar espanto ou admiração.
verbo pronominal

2. Admirar-se; pasmar.
Palavras relacionadas:
maravilha, aturdir, espanto, encantar, maravilhador, milagre, assombro


ma·ra·vi·lha

substantivo feminino

1. Coisa ou pessoa que excede toda a ponderação.

2. Assombro, pasmo.

3. Espécie de malmequer do campo.

4. [Botânica] [Botânica] Planta balsaminácea do Brasil.

 

Mania De Você


a minha doce filha está de férias

 

vai começar o meu inferno :-)

começo de mais uma semana



“Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma.”

 Ana Jácomo

sábado, 14 de junho de 2014

ainda não entendi bem como


mas hoje faço 41 anos.