terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

morro aos bocados

 

quando a minha filha me liga a chorar. encho-me de uma fibra - que confesso aqui nem sei onde vou buscar - e vou em seu socorro. apetece-me passar-lhe a mão pela cabeça e pegar nela ao colo. não o faço. falo com uma serenidade - que também não sei de onde vem - acalmo-a. ela serena. fecha a porta do carro. volta para as aulas. fico ali a olhá-la. meto primeira e desabo. choro. limpo as lágrimas e penso: tenho que ir trabalhar. há dias que não são fáceis. hoje é um deles. mas agradeço de a ter e de ela me ter a mim.