sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A minha filha


Todos os dias me dá provas que é uma boa menina. Ainda ontem me falava que detesta pessoas sem personalidade, daquelas que vão atrás da carneirada, põe em prática todos os dias, aquilo que tentei passar-lhe: que não somos um rebanho!, ela tem uma personalidade muito forte e um poder de encaixe fantástico. Tenho pena que já aos 12 anos tenha aprendido a ignorar determinadas pessoas, mas foi uma forma que ela arranjou para proteger-se da humilhação, da maldade, do desprezo dos outros. Fez ela muito bem, não a condeno por isso. Ela tem que se fazer à vida e não contar que eu estou cá sempre {eu estou! mas não quero criar uma filha assim}.
Hoje vou dar-lhe mais um voto de confiança: pela primeira vez vem de autocarro para casa, sozinha. Dei-lhe o voto de confiança, primeiro porque me dá mais jeito, mas também porque considero que já tem idade para se fazer à vida e não achar que cai tudo do céu. Estou a rezar e não vou descansar enquanto não a tiver nos meus braços.