sexta-feira, 21 de junho de 2013

Estava aqui a pensar com os meus botões:


Eu não sou uma mulher de cutchi-cutchi, não sou uma mulher de grandes declarações {se bem que já não sinto amor há uns bons anos. Mas bolas, apaixonei-me entretanto, e nem assim...}. Eu sou uma gaja meio bruta, que faço piadas de tudo. As pessoas sabem que gosto delas, quando implico. Se não implicar, se não brincar, podem acreditar que me são totalmente indiferentes.
 
E também sou assim em relação"a com quem estou": detesto lamechices. Detesto merdas e conversas da carochinha. Gosto de homens práticos. Outro dia, a brincar, ele perguntou: queres que te trate por amor ou por princesa? ri-me e respondi: antes cabra, que fofa, ou princesa ou o raio que parta. Quero ser tratada por Rita que é o meu nome! Rimo-nos os dois {a coisa que mais fazemos juntos}. Detestava ter um homem daqueles melosos; detestava ter um gajo que me desse flores e me fizesse declarações a toda a hora. Eu quero que ele tenha vontade de estar comigo e que o diga, sem jogos, sem merdices. Que se nos apetecer cometer uma loucura, a cometamos. Mas, sem alaridos, sem que tenhamos que espalhar ao mundo o que estamos a viver. Eu sou muito prática e isso é o que faz o meu caminho. É lógico que como qualquer mulher, gosto de uma mensagem a meio do dia, sinal que ele se lembrou de mim; gosto dos nossos cafés de manhã; das nossas conversas à noite; das vezes que fugimos os dois para aquele que é o nosso lugar no mundo, mas o que temos é só nosso. Muito nosso.
 
Ontem uma amiga dizia-me: Oh pá, tive que bloquear o gajo {um amigo dela, que por acaso conheço!} do meu facebook já não aguentava tanto mel. Uma pessoa que tem que andar a espalhar aos 7 ventos a sua felicidade, que de 5 em 5 minutos está a pôr uma foto a dizer o quão feliz é, vive numa felicidade de fachada, isso tem algo de podre. Desculpem, mas é o que eu acho. E há aqui uma salvaguarda que quero fazer: não é o mesmo que escrevo aqui no blogue. O meu blogue é anónimo, o que aqui escrevo não é entendível  por ninguém. O que aqui escrevo é para eu ler daqui a uns anos. Não está aqui o meu nome completo, a minha morada, fotografias minhas, nada... já uma página do facebook tem tudo e inclusivé tem os nossos amigos a ler-nos. E quando já nem eles nos aguentam...
 
Por isso peço-te: continua assim: meio-aluado, a dar uma no cravo outra na ferradura, a mostrares a tua admiração por mim, com palavras normais, com esse ar de mal ajambrado, de cigano. De não estares sempre disponível, de não sermos nada um ao outro e depois acharmos que somos alguma coisa. Olha, continua assim como és.