A tua boca diz-me uma coisa - saem-te as palavras sem ordem, sem sentimento, sem nexo - os olhos baixos enquanto as dizes. Eu finjo que acredito, não há outro remédio. É a verdade em que queres acreditar, que me resta a mim, se não acreditar também? Mas depois, olho para a tua postura do corpo, para quando raramente nos olhamos, e é tudo mentira. O que a tua boca diz, não é verdade. Mas se é a verdade que queres acreditar, se é a verdade que construíste, só me resta acreditar também. É o que tenho feito: acreditar.