Porque tu desfizeste-o, mas não julgues que o mataste. Ele continua aqui a bater, mais devagar, mas bate. E embora haja quem entenda que ainda bate forte por ti, eu entendo que não. Que ele abrandou e nem quando me vens ao pensamento ele teima em bater mais acelerado. Eu dei-te uma parte dele e desfizeste-o, não o respeitaste e não mo devolveste. Ficou aí desse lado. Eu já não o quero, tem cicatrizes que já não cabem nesta caixa. Sabes que o meu coração, ao contrário, do teu tem uma capacidade: auto-regenera-se. E isso só é possível nas pessoas que se entregam. Não te amei, não tive tempo para isso. Mas apaixonei-me e isso é uma forma de entrega.
E tem dias que ele quer bater por outro alguém, mas como falta esse bocado que está aí nas tuas mãos, ele não consegue voltar ao estado em que gosto de o sentir: descompassado. É o tempo que falta, vou-lho dar. E um dia com toda a calma do mundo ele vai sentir-se seguro para de novo subir à garganta e aparecer aos saltos no meu peito por aquela pessoa que até já escolhi.
4 comentários:
ADOREI O TEXTO. Revi-me um bocado nele, mas o meu coração já começou a bater por alguém, ja se regenerou e já está a começar a funcionar, não a cem por cento, mas já funciona. Com o teu, estou certa, que aconterá o mesmo.
B R U T A L
F A N T Á S T C O
A M E I
Rita caga em que não entende, ou pk não sente ou simplesmente pk não sabem ler!
Bj
Rita,
fico feliz que tanto tenhas gostado dele. É teu, passa a ser teu. Lê-o sempre que precisares e sempre que tiveres de te lembrar que quando é amor, não se maltrata o amor. E que isso te torne mais forte ainda.
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Obrigada RL, obrigada mesmo. Há pessoas que não têm mesmo noção do quanto nos marcam.
Obrigada
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