De uma côr política diferente da minha... mas mulher como eu.
domingo, 31 de outubro de 2010
Há flores de cores concentradas
Ondas queimam rochas com seu sal
Vibrações do sol no pó da estrada
Muita coisa, quase nada
Cataclismas, carnaval
Há muitos planetas habitados
E o vazio da imensidão do céu
Bem e mal e boca e mel
E essa voz que Deus me deu
Mas nada é igual a ela e eu
Lágrimas encharcam minha cara
Vivo a força rara desta dor
Clara como o sol que tudo ama
Como a própria perfeição da rima para amor
Outro homem poderá banhar-se
Na luz que com essa mulher cresceu
Muito morto que nasce
Muito tempo que morreu
Mas nada é igual a ela e eu
Bruxa, sou eu...
Esta noite é detestável, a minha filha que é do mais ocidentalizado que há, aderiu a esta moda da noite das bruxas. Detesto. Nos outros anos, juntávamo-nos imensas mães e íamos todas levar as crianças pela rua a fazer o "doçura ou travessura". Mas, eu já não dou para isso. Este ano vai ser diferente, ela vai para uma festa com os amigos. Vou buscá-la mais tarde.sábado, 30 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Outro dia escrevi aqui um um post em que dizia que a essência deste blogue já não é só minha. Muitas quiseram saber porquê e até devem ter achado que mais alguém iria aqui escrever. Pois, não, mais ninguém vai escrever aqui. Eu, é que já há uns tempos não escrevo sozinha, trago sempre alguém dentro de mim, no meu pensamento e isso reflecte-se no que aqui está. Faço um esforço enorme para que isso não aconteça, mas inevitavelmente ele acaba por (também) estar aqui, através de mim. Achava eu que ele já não lia o blogue, mas enganei-me, lê e entende melhor do que ninguém o que aqui está escrito. Este blogue (a sua essência) também lhe pertence, este lugar é nosso. Só para ti B. Parte 3
Esta é pela nossa amizade, pela nossa sociedade, pela história que já temos as duas: curta, mas cheia :-)
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Ainda a propósito do último post
Imagem roubada descaradamente daquiquinta-feira, 28 de outubro de 2010
Deixa acontecer...

Ah..Não tente explicar
Nem se desculpar
Nem tente esconder
Se vem do coração
Não tem jeito, não
Deixa acontecer
O amor, essa força incontida,
Desarruma a cama e a vida
Nos fere, maltrata e seduz
É feito uma estrela cadente
Que risca o caminho da gente
Nos enche de força e de luz
Vai debochar da dor
Sem nenhum pudor
Nem medo qualquer
Ah...sendo por amor
Seja como for
E o que Deus quiser
Vinicius de Moraes
Ontem à tarde ao telefone com a minha amiga M.
A quem me pede conselhos
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Às minhas amigas:
Repitam-me vezes sem fim, que nada daquilo existiu. Repitam-me que foi tudo um sonho. Repitam-me que estava de olhos abertos e foi uma ilusão. Repitam-me que não senti nada daquilo. Repitam-me que todos aqueles meus sorrisos, foram parvos. Repitam-me que andei nas nuvens, mas não as toquei. Repitam-me que tudo aquilo foi mentira. Repitam-me que tudo vai ficar bem. Repitam-me vezes sem fim, por favor. Eu juro que vou fazer um esforço para acreditar.:-)
Estou a almoçar com a MC e com duas amigas dela.
Agora, aqui, vos digo: como entendo os homens... arre lá para as galinhas...!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
MC # 15 (anda a estudar os ossos)
O comentário que deu post # 6

A Rita, a propósito do post do luar escreveu:
"Essa lua de que falas já foi de algumas noites atrás, mas eu lembro-me =) Estava a pendurar a roupa e a vê-la..."
E são pessoas como a Rita que me encantam, ela estava a pendurar a roupa (das tarefas mais detestáveis, pelo menos para mim) mas reparou na lua. Isso faz a diferença toda. Eu sou assim, reparo nesses pormenores todos. Ontem estive quase um quarto de hora a olhar para as nuvens. Há quem me chame tolinha...
domingo, 24 de outubro de 2010
A música deste fim-de-semana
Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento...









































