Este Blogue precisa de um nome

Querida Amiga

Sabes que és a minha irmã mais nova, e toda a minha preocupação por ti julgo, vir daí mesmo: deste sentimento. Sei que sofres, sei que já só falas comigo sobre ele, sei que por vezes sou dura, sei que por vezes quase te suplico para não fazeres isto ou aquilo, sei que me ouves, como se eu fosse detentora de algum dom de adivinhação ou de sabedoria. Logo eu, que estou para aqui há tanto tempo sozinha, logo eu que nada entendo de relacionamentos, logo eu que sou uma desajustada neste mundo onde tudo é instantâneo, logo eu... querida amiga!

Eu não sou, se calhar, a melhor pessoa para dar conselhos e te oferecer o ombro, só tenho a minha amizade, mais nada. É que provavelmente o que precisas agora é de alguém que te diga que ele é um pulha, um cabrão, que não te merece, que não chores mais, que ele não vai voltar. Mas, eu não consigo, querida amiga, eu não consigo, porque eu vejo nele todas as qualidades que qualquer mulher quer num companheiro. Eu gosto dele, ele é: íntegro, vertical, bondoso, teu amigo, giro, companheiro, inteligente... desculpa, mas é o que eu acho. Mas também acho que tudo isto aconteceu por um motivo: para tu amadureceres. E isso já está a acontecer, todos os dias estás a crescer. Um dia num futuro próximo (mais próximo do que tu julgas) vais olhar para trás e dar-me razão.

O silêncio é ensurdecedor, eu sei. Mas ele não te esqueceu, eu sinto, acredita em mim. Ele está numa luta com ele próprio, tal como tu. O tal poder que tu achas que tenho, diz que deves esperar, que deves aquietar o teu coração (é difícil, eu sei querida amiga), deves respirar fundo e esperar. Nessa espera vais encontrar a solução, acredita em mim. Eu já fiz isso e resultou, resultou mesmo! A espera custa, eu sei, mas não estás sozinha. Dá-me a mão, eu espero contigo.