segunda-feira, 17 de junho de 2013

Eu, tal como a Sara Maria, também não concordo com {quase} nada do que este Senhor diz. Mas, desta vez foi na mouche

"{...} Só uma classe que recusou, como ultraje, a possibilidade de ser avaliada para efeitos de progressão profissional – isto é, uma classe de medíocres reivindicam o direito constitucional de ganharem o mesmo que os competentes – é que se pode permitir a irresponsabilidade e a leviandade de decretar uma greve aos exames nacionais. Nisso são os professores exemplares: transmitem aos alunos o seu próprio exemplo, o exemplo de quem acha que os exames, as avaliações são um incómodo para a paz de um sistema assente na desresponsabilização, na nivelação de todos por baixo, na ausência de estímulo ao mérito e esforço individual.
Mas a greve dos professores vai muito para lá deles: reflecte o estado de espírito de uma parte do País que não entendeu ou não quer entender o que lhe aconteceu. Deixem-me, então recordar: Portugal faliu. O Portugal das baixas psicológicas, dos direitos adquiridos para sempre, das falcatruas fiscais, das reformas antecipadas, dos subsídios para tudo e mais alguma coisa, dos salários iguais para os que trabalham e os que preguiçam, faliu. Faliu: não é mais sustentável. (…) Se alguém conhece uma alternativa mágica em que se possa ter professores sem crianças, auto-estradas sem carros, reformas sem dinheiro para as pagar, acumulando dívida a 6,7 ou 8% de juros para a geração seguinte pagar, que o diga."
Miguel Sousa  Tavares
 
* e agora vou procurar para o youtube o que o mesmo Senhor, acabou de dizer na SIC.

3 comentários:

rosaamarela disse...

Olé! olé! olé !!!

Francesca disse...

lindo!
Eu por acaso concordo com muita coisa do que ele diz...embora o ache um arrogante do pior!!

http://mefrancesca.blogspot.com

mjmgnunes disse...

comigo é o normal, concordo com umas coisas, outras não!
Mas ao ouvir os comentários dele na segunda-feira não pude deixar de pensar que em breve já devo de receber um ou dois livros dele digitalizados no e-mail como retaliação da classe dos professores! (à semelhança do que fizeram com o "Equador", há uns anos atrás!) :D
Infelizmente neste país ainda há muitas classes "intocáveis", e as que se "julgam intocáveis", é por isso que estamos nesta miséria de valores e de ética!
Bom post!
Bjs
Maria