domingo, 22 de março de 2015

o que me cantarias:



Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin' Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento e a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento


só tu o poderias fazer. é o me achas: uma tigresa. apanhaste-me / compreendeste-me a alma sem nunca ma teres tocado. só tu poderias cantar-me isto, meu querido M. hoje pensei tanto na tua genuidade e no quanto me faz falta a tua loucura e espontaneidade. tanta falta. gosto de gente que grita tudo e tu gritas.