domingo, 4 de janeiro de 2015

olho para o sofá


e não reencontro a minha filha de há poucos anos atrás. olho para o sofá e vejo uma menina que se está a afirmar. uma menina que já não é criança: mas, ainda não é adulta. vejo a minha índia a definir o seu território.
vejo-te sentada com as tuas amigas no sofá e observo-te a rir: de que estarás a rir-te? aposto que de parvoíces: de rapazes, de tretas. porque embora to diga todos os dias, tu não acreditas: eu já tive a tua idade. acho que faz parte ,não acreditares. e outro dia apanhei-me a dizer aquilo que jurei que nunca diria: só vais perceber, quando fores mãe. tem tanto de estúpido, como de verdade. mas há uma coisa diferente: quando mo disseram, já não se lembravam de terem sido adolescentes e eu lembro-me: lembro-me tão bem.