sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Estamos em Fevereiro e eu continuo a comprar livros escolares!

Perguntam vocês: e porquê, Rita? {sei que não perguntaram nada, mas deixem-me fingir}
 
Porque as bestas dos gajos das editoras parece que não vivem neste país {ou se calhar, é mesmo o contrário}. Ora, vou tentar explicar isto: em Setembro quando começaram as aulas, fui a um banco de livros {aliás, banco de livros, que promovi através da Associação de Pais}. Não havia livros para 3 disciplinas e esses tive que comprar, mas de resto trouxe todos. Uns não estavam em muito bom estado, é verdade. Encadernei-os e expliquei à MC que não estávamos em tempo de gastar dinheiro e que só neste país é que se compram livros. Beeemmm, logo na primeira semana passei-me. O livro de matemática era o mesmo do ano passado, mas os &$$%/&/&(?="!% da Porto Editora tinham mudado a paginação. Claro, a MC andou literalmente aos papéis. Convenhamos que a professora de matemática não colaborou nos primeiros dias. Fui à escola falei com a Directora de Turma e expliquei-lhe que nós pais e eles, professores não podiamos continuar a passar às crianças princípios totalmente desfasados da realidade do país: o desperdício. Que chegou a altura, de explicar às crianças que os livros devem ser reaproveitados, que os fatos de dança devem ser usados em vários espectáculos, que devemos passar os uniformes das escolas para os mais novos e que temos que travar este despesismo todo {coisa que aliás sempre fiz}. Prontifiquei-me a falar eu com a professora de matemática e a explicar-lhe isto. Não foi necessário, a professora com acetatos foi resolvendo o problema. Fiquei-lhe grata por isso. Ora, com o andar da matéria fomos nos apercebendo de outros problemas, um exemplo: num exercício mudava um único algarismo. Claro, a MC nunca tinha o mesmo resultado que os outros. Bem, a semana passada chegámos ao nosso limite e fomos comprar os livros. De nada adianta os livros terem que ser os mesmos durante 3 anos, porque estes gajos das editoras arranjam sempre maneira de dar a volta. E se há coisa que detesto é acabar por vergar a estes lobbies de merda que minam o país há anos e que tanto contribuiram por esta porra estar como está. A esses gajos, sabem o que digo? Ide-bos foder.