quinta-feira, 6 de junho de 2013

E felizmente correu tudo bem


Quando já vimos de tudo, nestas coisas da regulação dos poderes parentais, ficamos descrentes.
 
E hoje, pese embora te tenha dado força, temia que fossem para julgamento. Mas não, tu conseguiste chegar a acordo. Vocês mandaram os advogados calarem-se e chegaram a um entendimento. No fim, o pai dos teus filhos piscou-te o olho. E quando me contaste, emocionei-me e fiquei tão feliz por ti e pelas crianças. Não se dão bem, não se entenderam no casamento, mas ele percebeu que não era por estarem separados, que devia prejudicar os filhos. Assim, mesmo separados, as crianças continuarão com o mesmo nível de vida que teriam se os pais vivessem juntos. Isso é justiça, mas sem ter que recorrer a ela. Isso é civismo. E mesmo com todos os defeitos que tem {e que nós sabemos que tem}, mesmo depois de ter refeito a vida e de já estar à espera do terceiro filho, entendeu que estes já cá estavam e que não podiam ser colocados em segundo plano.
Vai suportar as despesas com a Educação e com a Saúde na totalidade e ainda assim, aceitou dividir as despesas do dia-a-dia. Porque este pai não precisou que nenhum Juíz lhe explicasse, que as crianças não têm que perder qualidade de vida porque os pais decidiram ir cada um para seu lado; que não têm que abandonar o Colégio onde andam porque a mãe não pode pagar metade; que não há dinheiro nenhum no mundo que possa pagar o tempo, o prejuízo profissional, o facto da mãe estar sozinha com eles no dia-a-dia; este pai sabe que as pensões de alimentos calculam-se com base na taxa de esforço de cada um {aliás, há tabelas que calculam isso} e que não pressupõem que as despesas sejam pagas a meias; este pai sabe que quem ganha MUIIIIITTTOOOO acima da média não pode dar uma pensão de cem euros; este pai sabe que tem que dividir o fruto do seu trabalho com os filhos, é {também} seu dever sustentá-los. Estou tão feliz por ti e pelas crianças. Mas tão feliz...

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