Há duas ou três coisinhas que gostava de dizer acerca dos últimos posts: não foram escritos para julgar ninguém, não há mães perfeitas (o que também seria uma seca), eu não sou perfeita, falho muito, por vezes perco a paciência com a MC, há dias que acho que ela merece dois açoites no rabiote, mas mesmo errando (e por vezes com consciência) todos os dias tento fazer melhor. Quando tenho dúvidas, de como lidar com uma determinada situação, peço ajuda. Sei que há pessoas que existem para nos ajudarem, como por exemplo, as psicólogas. Não sou perfeita, mas sou atenta para que a minha imperfeição tenha o mínimo de impacto na formação da minha filha. Há algo pelo qual sempre me guiei para a educar: a minha intuição. Lembro-me que quando me separei, fui para a FNAC ler livros e livros sobre como explicar o divórcio a uma criança. Acabei por comprar um para crianças, por descargo de consciência, quando dei por mim estava a alterar a história toda (a MC ainda não sabia lêr) por achar tudo aquilo absurdo e não se adaptar em nada à nossa realidade. Expliquei-lhe o divórcio da forma mais simples que há: com a verdade. A MC faz anos em Novembro, vivi um dilema se a deveria deixar ir para a escola com 5 anos, segui a minha intuição que depois foi confirmada por uma técnica e correu tudo bem. Não papo livros de Educação, aliás há pouco tempo li um que abominei e que só me deu para rir de tanta teoria. Eu faço tudo com o amor que sinto pela MC, com o meu instinto, pelo cheiro da minha cria (já vos disse que a minha filha tem um cheiro do outro mundo?), faço tudo por ela pelo bem estar dela e por tão facilmente conseguir pôr-me no lugar dela. Porque ela é pequenina e se eu não a proteger quem o fará?
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17 comentários:
Ola Rita,
Tenho lido todos os posts com atencao e agora decidi comentar.
Tens razao em algumas coisas apesar de achar que estas a generalizar um bocadinho de mais.
Fiquei com uma duvida, entao se para uma crianca ver o namorado da mae em casa e estranho, quando e que ela se vai habituar com a presenca dele? Por algum lado tem que se comecar. Ou espera-se ate ao casamento e depois o choque e maior?
Sempre fui muito cuidadosa com a B.,mas ela sabe que para termos uma familia que desejamos temos que ter mais um elemento no nosso meio.
Explico tudo com cuidado, preparo devidamente, pergunto-lhe o que pensa, a opiniao dela e sem duvida muito importante para mim e nunca faria nada que a contrariasse nesse aspecto.
Beijinho.
Que Mãe mais boa.
Uma ternura este post...
Tantas verdades neste post
Oh Mie, que eu gosto tanto de ti :) Amanhã respondo-te, minha querida... há vários caminhos, Mie...
Eu respondo, Mie... amanhã... Um beijo enorme para as duas
Olá Mie
Por acaso acho de generalizei de menos :) aliás, no primeiro post falo de um caso concreto. Aqui não há receitas infalíveis porque cada criança é única. Mas na minha opinião as coisas devem ser feitas com calma. Outro dia contaram-me um caso bastante simples. Um casal namorava para aí há 3 meses e cresceu a vontade natural de conhecerem os filhos um do outro. Uns amigos em comum fizeram um jantar a pedido deles com várias pessoas inclusivé crianças e assim em grupo conheceram as crianças. Depois foram de vez em quando fazendo isso juntando-se, até que chega o dia em que podem ir jantar a casa um do outro com as crianças que já não vão estranhar porque já são amigos. Tudo feito com calma, de forma pacífica, sem atropelos. E quando a amizade fôr firme mostram que a amizade evoluiu para algo diferente: o amor. E assim, está a dar-se aquele que eu considero ser o bom exemplo que o amor é algo cimentado que foi construído. Há algumas coisas que eu não entendo, Mie, como por exemplo namorarem há pouco tempo e quererem logo apresentar as crianças. Nem nós sabemos bem o que é que aquilo é e já vamos envolver as crianças, para quê? Eu não preciso do consentimento nem da aprovação da minha filha. Eu quando tiver alguém e decidir que chegou a hora de a minha filha a conhecer, vou ter a certeza que a MC vai gostar dele. Porque quando chegar a esse ponto eu vou ter analisado tudo, inclusive se ela se dará bem com ele. Nós podemos namorar, passear, ir ao cinema, jantar fora, fazer tudo sem incluirmos os nossos filhos nisso. E depois de assumirem que sentem amor um pelo outro as coisas acontecem naturalmente. Tudo com calma, que os nossos tempos, não são os tempos das crianças e temos que ter em atenção os exemplos que damos.
Vou enviar-te um email, Mie. Um beijo enorme para ti e para a B.
Hora la acolcitar mais um pouco :P
Então podemos fazer tudo? Entao e passar a noite com a namorada/o.
E isso que dizes e muito bonito, mas esqueces-te que a pais que vivem a tempo inteiro com os filhos, sem fds livres.
Eu vivo a tempo inteiro com a minha filha, sem fins de semana livres, Jorge. Eu acredito que é possível, sim.
Rita,
Já leio o seu blogue há muito tempo, hoje decidi "participar" porque acho que várias opiniões podem apontar novas perspéctivas. Na minha opinião o chamado superior interesse da criança é o mais importante. Sem dúvida que é a luz da mentalidade das crianças que devemos analisar as situações, e não há luz das vontades, mágoas e frustações dos pais. As crianças são muito mais adpataveis do que os pais pensam ou se recusam a ver, e o proteje-los torna-se por vezes uma boa desculpa para as coisas serem como queremos e não como realmente deveriam ser. Entre adultos os timings são relativos. A Rita diz que se devem firmar amizades para se passar ao amor, talvez, mas a maior parte dos grandes amores nºao surgem de amizades, surgem de paixões instantanêas que se vivem de forma apaixonada e depois sim vem o cimentar da relaçao, o amor de uma forma mais tranquila. Nos tempos de hoje o tempo é algo que cada vez temos menos. Gerir vida profissional, familiar, e novas relações não é fácil. A rapidez dos novos ritmos de vida exigem que se façam as coisas mais rápido o que não é necessáriamente mal feito ou errado. As crianças por norma são muito inteligêntes e facilmente adaptaveis. A Rita parece viver demasiado ansiosa e num sofrimento prematuro e desnecessario. Atenta sim Rita, obesseciva não, não faz bem a si, e acredito que essa sua anciedade ainda que não seja essa a sua intençao, seja transmitida á sua filha. Isso não é bom para si nem para ela. Há de tudo correr bem, nem todas as histórias tem finais felizes e nem todas as histórias tem finais trágicos. O Importante é que a Rita esteja ao lado da sua filha no bom e no mau, porque por muito que queiramos, não conseguimos proteger os filhos de tudo.
Felicidades e bom ano 2011.
Sónia Soares
Parece-me então que estás a fazer um excelente trabalho =) *
Olá Sónia :)
Antes do mais deixe-me dizer-lhe que não sei onde é que no texto vê que estou a falar da minha filha. Concordo que não podemos nem devemos proteger os nossos filhos de tudo. Mas, devemos estar atentos. Qualquer mãe e pai devem estar atentos e mostrar coerência aos filhos.
As crianças são adaptáveis sim, concordo, mas nem por isso acho que se deva fazer tudo a correr de forma estabalhuada só porque nós temos pressa. Não disse que as relações nascem de amizades (eu pelo menos nunca tive nenhuma que começasse assim), o que eu disse foi que o melhor exemplo que podemos dar é mostrar que as relações crescem e não haverá melhor forma - para a cabeça de uma criança - que a amizade. É o sentimento que elas conhecem melhor. Nenhuma criança conhece a paixão. Aliás, costumo dizer que nós é que estamos apaixonados não os nossos filhos. Mas a amizade eles conhecem e depois explicar que entre homens e mulheres há outros sentimentos, como o amor e explicar. Não é num fim de semana não se ter ninguém e no outro a seguir já se tem e passados 10 dias vai viver-se com a dita pessoa. Isso é que as crianças não entendem, não vale a pena porque não entendem. E se não dá certo, Sónia? Passado um mês conhecemos outra e fazemos o mesmo? O que eu aqui defendo, não é não se conhecerem o que eu aqui defendo é que se é assim tão sério pode e deve dar-se tempo ao tempo.
Desculpe discordar dessa pressa, essa pressa a mim, aflige-me. A sede de viver não se coaduna com o ritmo alucinante a que se vive hoje em dia: como se o mundo fosse acabar amanhã.
Sou uma mãe atenta sim e irei ser sempre :)
Um beijo e um óptimo 2011 para a Sónia também. ;)
Ai Sónia desculpe só agora reparei que este post que comentou falo da minha filha sim. Desculpe :) Pensei que a Sónia tinha comentado outro. :)
Mas neste nem falo de relacionamentos. Beijo
Rita,
No texto fala da MC que em textos anteriores já referiu como sua filha, nomeadamente no texto delicioso que lhe dedicou no aniversario. Mas seja ou não, os interesses das crianças estão sempre primeiro. Estou casada tenho um filho. Não passei pela experienciência de separação nem como filha nem como mulher (pelo menos ainda :) ). O que lhe quis dizer, é que quando as crianças tem uma mãe ou pai atentos e presentes, ainda que hajam falhas (porque existem sempre em relação aos filhos mesmo quando estamos casados)essas serão sempre minimizadas com a nossa atenção e o nosso carinho. E se não der certo? Estamos lá para lhes dar cólo e ajudar a entender. Depois de uma criança passar pela separação dos pais, a separação de um deles com outra pessoa certamente terá um impacto muito menor na criança. O que lhe quis dizer é que quando não podemos evitar situações más, devemos estar lá serenamente para apoiar e acarinhar os filhos.
Não levo a mal que não concorde comigo,se calhar estarei errada, mas é a minha visão. Mas como lhe disse logo de inicio. é apenas uma perspéctiva diferente.
Quando falou no mau exemplo da outra senhora em relação ao filho que hoje maltrata as namoradas, o erro maior dessa mãe, terá sido negligenciar o seu papel de mãe e não os relacionamentos que teve. Há pessoas que casam muitas vezes, e continuam bons pais e boas mães. O importante é estarmos sempre presentes.
Só sou mãe há 5 meses, sei que tenho muito que aprender, mas tenho uma enorme vontade de fazer o melhor sei contra as adversidades que a vida nos vai trazendo.
Um beijo,
Sónia Soares
Também sou da opinião que não podemos ver as coisas assim de uma forma tão linear.
Existem bons pais com maus filhos e bons filhos com maus pais.
Acho que a personalidade de uma pessoa não depende apenas da educação que recebemos dos nossos pais mas também de toda a experiência a que estamos sujeitos no nosso dia a dia, basta ver o caso (e falo por experiência própria) vários irmãos filhos do mesmo pai e da mesma mãe e têm personalidades completamente diferentes, portanto são vários os factores que influenciam a personalidade de uma pessoa.
E não acho que seja egoísmo dos país quererem viver a sua vida com A, B ou C, a MC ainda é pqequenina e precisa muita de ti ;o), mas sabes que os filhos não são nossos para sempre, um dia também vão viver a vida deles e nem sempre incluem os pais nela como estes gostariam ;o) Logo, é injusto alguém deixar de viver a sua vida por causa de um filho ;o)
Só para dizer que eu sou outra Sónia, já que comentou aqui uma Sónia :o)
Sónia 2 :)
Desculpa mas ninguém me tira da cabeça que os exemplos que vemos em casa nos acompanham a vida toda. Claro que há diferentes personalidades e eu nenhum momento do post disse o contrário.
Também não disse que era egoísmo dividir a vida com alguém. No futuro, quem sabe senão o farei. Agora uma coisa podes ter certeza, não o farei de forma leviana, que foi isso que aqui retratei. Mas não levo a mal que não entendam o que escrevo Já estou habituada :) Eu não deixo de viver a minha vida por causa da minha filha, vivo é com ela. Nem aos 37 anos preciso de andar na borga todas as noites como vejo mães que remetem os filhos ao "abandono" para andar em festas, jantaradas e copos sempre... eu quando decidi ser mãe da MC foi para a vida, não foi porque achei ser giro e socialmente bem ter um filho...
Beijo e bom ano :)
Eu acho que compreendo sim :o) E neste momento da minha vida não me encontro numa posição deste género mas de certeza que teria os mesmos cuidados que tu, também não sou cá dessas malucas que só querem é farra ;o)
Claro que quando falo em viver a vida também me refiro a vivê-la de uma forma decente sem abandonarem os filhos.
Mas sabes às vezes também vejo tantos casos de pais que dedicaram uma vida inteira aos filhos e depois já velhinhos (ou não) são completamente abandonados pelos filhos.
Por isso é que eu digo nunca devemos deixar de viver a nossa vida (dentro dos limites) por causa dos filhos :o)
Beijos e bom ano para ti também :o)
Olá Rita!
Depois de ler os posts referentes a este assunto e os respectivos comentários, decidi por a inexperiência dos meus 24 aninhos a falar!
Bem, eu concordo com a Rita, se os filhos são o bem mais precioso que uma mãe pode ter terá de o proteger como tal, pelo menos em situações que o pode fazer!
Eu no lugar da criança, se visse a minha mãe sempre com um namorado diferente a dormir em casa, nunca me iria sentir bem! E esta situação poderia perfeitamente afectar a minha vivência futura, podendo incutir no meu subconsciente a ideia de que não ter um namorado "fixo" era o normal!
Eu adoro crianças e penso que elas são o melhor da vida de uma mulher, digo-te que adorava ser mãe neste momento, por muito que possam achar uma irresponsabilidade ou asneira devido à minha idade, como algumas pessoas me dizem "não digas asneiras, vive a vida que ainda és muito nova!" E o que choca ainda mais as pessoas é que eu queria um filho e não um marido! Não queria! Mas eu penso, se eu engravidasse agora e não dissesse ao minha filha ou filho quem era o pai, não seria justa com ela(e), porque toda a criança merece nascer e crescer como pai e com a mãe, mas que eu gostava, gostava!
Continua a escrever, eu adoro o teu blog!
Beijinho!
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