segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"(...) o que mais lembro do dia em que fui conhecer a mulher do meu pai, é da dignidade da minha mãe: o carinho com que me arranjou, a serenidade, o presente que pediu para fazer para levar ao meu pai. Lembro-me que não o queria fazer, porque estava a dar uma coisa qualquer na televisão, mas ela insistiu. As recomendações que me fez para ser educada e simpática. Lembro-me mais de toda a entrega e grandiosidade da minha mãe, do que propriamente dos meus nervos ou da reacção do meu pai.

Mas hoje que sou mãe, entendo que só uma grande mulher pode ser assim e que o meu pai certamente jamais se comportaria dessa forma se o contrário acontecesse. Em nenhum momento, acalmou a minha mãe com uma palavra que fosse, poderia ter ligado durante o encontro para dizer que tudo estava bem. No dia seguinte, nem se deu ao trabalho de saber como tinha eu reagido quando cheguei a casa. O que mais lembro do dia em que fui conhecer a mulher do meu pai, é da dignidade da minha mãe (...)".


Ana (30 anos), mãe de 2 filhos

5 comentários:

Dear Daisy disse...

Que bonito.

Não sei que diga disse...

Meu deus, arrepiei-me!

Unknown disse...

Aqui se vê a grandiosidade das mulheres!
Eu não sei se conseguiria ser assim, talvez, só passando pela situação é que se sabe!
Realmente uma mulher pode ter as atitudes mais diversas, esta é uma atitude digna de orgulho, mostra o quão superior ela é em relação à pessoa que é o pai. Poderia estar a morrer aos pedacinhos por dentro, mas sempre com um ar de verdadeira mãe!

VR disse...

:) Sem palavras...

Isabel disse...

Uau! Também me arrepiei...