quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pergunta número 30


Oh meninas vocês ajudem-me aqui que eu devo andar lorpa, sou burra ou algo que lhe valha. Ajudem-me a pensar. Aqui há uns dias soube de uma história de um conhecido meu que conheceu uma rapariga há um mês, passados 10 dias conheceu o filho dela. Logo. Que isto com pressa é muito mais giro. Ela meteu-o logo lá em casa (que também é muito giro: a verdadeira prova de amor). Logo. Nos fins-de-semana que ele está com o pai, já se sabe que o namorado fica lá. Nos fins-de-semana que são com a mãe, ela empandeira o filho não sei bem eu para onde, para ir para os copos com o novo namorado. Desde o início falaram logo em ir viver juntos. A mãe da filha dele entendeu por bem que a relação devia ficar mais cimentada e afastar a filha de toda esta confusão, numa de a perservar. Não acham que a mãe fez bem em resguardar a filha de toda esta palhaçada e quando se vir que a relação é para valer a filha conhecerá a nova namorada do pai? A filha é pré-adolescente e na minha opinião precisa de exemplos sólidos, exemplos esses dados obviamente pelo pai e pela mãe. Digo eu... se calhar sou eu que sou antiquada. Mas os filhos têm alguma coisa a ver com o namoro dos pais? Os pais apaixonam-se, não os filhos... Porque é que se tem que envolver as crianças nestas confusões. Nós não precisamos das crianças para namorar, para ir ao cinema, para ir jantar fora, para dormir juntos, para passear de mãos dadas, para dar beijos. Para quê isto? É isto que queremos para os nossos jovens, estes exemplos? Eu não entendo... mas se calhar sou eu que sou maluca. Um dia quando as coisas foram sérias, com calma apresentam-se as pessoas. Tudo com calma. Até para as próprias crianças perceberem que o amor é algo que vai crescendo e não que nasce do dia para a noite. Isso vai ser-lhes tão útil pela vida fora.

6 comentários:

Dear Daisy disse...

Por vezes as pessoas têm demasiada pressa e depois pode dar asneira.
Não, acho que não andas lorpa nem és burra.
Acho que tens valores, que é muito mais importante!
Bjs

MT disse...

Aprendi com a vida que não devemos nunca julgar ou outros, os as relações dos outros, ou os sentimentos dos outros, ou as decisões que os outros tomam nas suas vidas. Isso sim põe-nos malucas. Cada um sabe de si, é uma máxima que me tem acompanhado todos os dias. E todos somos diferentes. Existem relações que evoluem mais depressa, outras mais devagar, umas que vão ter futuro, outras que se revelam como sendo falhadas, mentira.... não prevemos o futuro. Devemos sim claro proteger os nossos filhos, sempre, principalmente se são pequenos, mas cada um o deverá fazer segundo a sua consciência. No caso dos pais separados a situação é sempre complicada pq há duas cabeças, duas formas de ver a vida. A mãe, no que tiver ao seu alcançe, dentro da sua liberdade, deverá agir segundo os seus princípios, o pai, da mesma forma, tb em liberdade fará as suas opções. Se são correctas ou não só a ele cabe avaliar. Não podemos controlar os outros, apenas a forma como nós agimos, como fazemos de Mãe. Não temos (nem acho que devemos) ensinar a ser Pai. O resultado das nossas (e deles) acções de hoje vai ser visto no amanhã. Semeamos agora para colher mais tarde; o tempo dirá se as nossas escolhas de hoje são correctas ou não. Rezo para que as minhas escolhas se revelem sempre correctas e morro de medo de errar, porque todas (e todos) erramos; e quando eu errar (porque sei que o vou fazer muitas vezes) rezo para que as consequências não sejam muito graves. Porque ser Mãe é aprender todos os dias, é ensinar a viver sem saber muito bem como viver; damos o nosso melhor, seguimos o nosso instinto e confiamos em Deus para que não façamos muitos "estragos".

Este Blogue precisa de um nome disse...

Olá MT :)

Ia enviar-te um email, mas não o encontrei no teu perfil. Acho que sim que não devemos julgar a relação dos outros. Mas se Deus me deu olhos para ver e coração para sentir, tenho direito a ter uma opinião. Cada um sabe de si também é verdade, mas quando mete crianças ao barulho a coisa (na minha opinião) muda de figura. Essa das relações evoluirem rápido é uma coisa que a mim me assusta. Outro dia li em qualquer lado: pressa no amor para quê? Eu não entendo, o amor é tão bom (quando verdadeiro) que deve é ser apreciado e vivido com calma. O amor é uma coisa dos adultos (falo obviamente do amor entre um homem e uma mulher).
As crianças devem ser ao máximo preservadas destas confusões dos amores imediatos, até porque na maioria das vezes dão para o torto (sei que há excepções, claro que as há, mas são muito poucas). Na minha opinião, que vale o que vale, esta mãe agiu bem porque em nada prejudicou a filha. Tudo a seu tempo. Concordo em absoluto contigo quando dizes que não devemos ensinar os pais a ser pais.É tão verdade isso, mas quando a imaturidade é tal acho que as mulheres devem resguardar os filhos. Eu não exporia a minha filha a uma relação de 3 semanas. Isso posso garantir-te, nem que visse que era o amor da minha vida (coisa que na minha opinião é impossível ao fim de tão pouco tempo). O amor constrói-se MT, todos os dias e vai-se cimentando. E as crianças também precisam do seu tempo para interiorizarem coisas do mundo dos adultos. Se para alguma gente crescida é dificil perceber que fará para a cabeça de uma pessoa em formação. Gostei muito do teu comentário :) discordamos mas, no essencial até concordamos, como vês :) Assim vale a pena ter a minha caixa de comentários aberta :) Tal como tu, eu também como mãe tento errar o menos possível,mas errando todos os dias... Um beijo e felicidades para ti e para os teus filhos.

Só Sedas disse...

Eu acho que os filhos ficam fora. Sem dúvida. Além disso, se corre mal habituas e afeiçoas a criança a uma pessoa e depois tira-lha? E se em vez de um tiveres 5, 6, ou 7 a criança fica a pensar o que? Que a casa dela é sitio de passagem? Opá... cada um sabe de si mas comigo, era não.

Isabel disse...

Sem dúvida que as crianças são para proteger. Sempre!
Mas, a MT tem toda a razão, nunca julgar os outros, todos temos telhados de vidro (de uma ou de outra forma).

Este Blogue precisa de um nome disse...

Quero esclarecer aqui uma coisa: embora isto seja tudo verdade, não tem a verdade toda e se eu contasse toda a verdade se calhar entenderiam a história de outra forma. Eu não estou a julgar ninguém, esta história está intimamente ligada a mim, à minha vida. E talvez se a contasse na primeira pessoa as pessoas a percebessem de outra forma e até a vissem noutra perspectiva. Mas isto é um blogue e eu não posso expor as pessoas por dá cá aquela palha ou porque quero ter leitores. Aliás já há quem ande para aí pela blogosfera a chamar-me de doida, o que fariam se eu expusesse aqui a vida de outras pessoas (que não o vou fazer). Esta história é verdadeira, mas é parte de uma história muito maior e com mais contornos. Logo, qualquer comentário vai ser só à parte que aqui está escrita. Eu continuo a achar que as crianças têm e devem ser preservadas de determinadas situações. Aliás depois ficamos todos muito espantados com o rumo que a sociedade tomou. A sociedade começa em casa, pelo menos na minha opinião.
Aqui há uns anos, uma amiga minha separou-se e as crianças foram passar o fim de semana com o pai. O pai já tinha uma namorada e em vez de esperar pelo fim de semana que não os tinha para a Senhora ficar lá a dormir, não, ficou logo naquele. (que também é uma coisa que não entendo esta sangria desatada como se fossem adolescentes e tivessem as hormonas aos saltos)O mais velho viu aquilo e disse está uma menina na cama do pai, mas a minha mãe não é loira... Ainda hoje fala disso. Aquela tinha sido a casa que ele tinha vivido com os pais. Há coisas que se podem evitar. E não tem mal nenhum se apresentar como amiga irem comer um gelado, no outro fim de semana um hamburguer e daí a uns tempos explicar que a relação cresceu e que já não é só amizade. As crianças não têm os nossos tempos. E mais uma coisa que não contei nesta história é que a criança em questão não quer conhecer a namorada do pai (para já) e no ínicio isso não estava a ser aceite pelo par de namorados. E isso sim, também é incrível. Isto é um tema que dá pano para mangas. Mas eu sei que a criança está bem, estruturada e que correctamente acompanhada pela mãe vai ultrapassar isto com leveza.
Beijos