Ontem, na terapia, no meio da minha longa consulta, cheguei à conclusão que há muitos anos que ninguém luta por mim, pelo meu amor, por me ter ao seu lado. Claro, que haverá alguém que poderá dizer o contrário e eu aceito a sua opinião, até porque a definição de luta varia de pessoa para pessoa. Mas naquilo que eu entendo por luta, por dar tudo por tudo, aquele ver uma vontade indomável de ficar comigo seja de que maneira fôr, já não vejo há muito.
A minha terapeuta não gosta que eu fale assim de mim, mas se calhar não sou merecedora disso. Não sou fácil de viver no dia-a-dia, sou muito exigente. E já não há quem a partir dos 40 aguente isso. Gostava de ser mais superficial, mas não consigo. Esta intensidade toda, só me lixa no dia-a-dia. E acho que vai ser inevitável acabar sozinha.
Eu olho à minha volta e vejo a superficialidade a vencer, os fúteis a serem felizes, o consumismo a ganhar à poupança... onde me enquadro no meio de tudo isto? Em lado nenhum.
7 comentários:
Há muitas maneiras de ser feliz, sozinha ou acompanhada, só tens que encontrar a melhor maneira de te sentires feliz. Ter lguém ao lado nem sempre é sinónimo de felicidade mas isso tu já sabes mas também estar sozinha não é sempre uma infelicidade...
Sou como, exigente comigo e com os outros... e sou da opinião de que não deves baixar os braços. Luta sempre e nunca desistas de lutar e de procurar quem te mereça como és: Especial!
Bjs doces***
Acredito que um dia essa constatação irá mudar. A vida consegue sempre surpreender, nem sempre pelo pior! Às vezes, aquilo que pensamos ser injustiças é apenas um caminho para a recompensa do esforço, ou simplesmente do ser.
Os fúteis, vivem, lá está, a vida superficialmente, nunca se questionam, aceitam tudo... Não vejo que isso seja ser feliz, apenas aparentam, porque no fundo somente são mais "vazios".
Acredito que a felicidade é a que está nas pequenas coisas, nos pequenos momentos do dia ou viveria a pensar que nunca sou feliz!
Ate há algum tempo atras tinha a mesma sensação que tu. E para piorar, todos me diziam que eu era aquela mulher: forte, independente, honesta, simpática, bonita, com grande personalidade e blá blá blá whiskas saquetas... Aquela com quem qualquer homem quer ficar, mas n ficava... Quer lutar, mas n lutava... Enfim...
Um dia e depois de muito trabalho interior, descobri que eu de uma forma muito intensa e profunda (tanto que era inconsciente) achava que n merecia, achava que n tinha valor. Coisas antigas, sabes... Daquelas que me marcaram profundamente e que eu achei que com toda a minha força tinha ultrapassado... E ultrapassei, mas as crenças negativas acerca de mim permaneceram intactas e ganhavam força a cada "desilusão".
Um dia achei que era demais... Chorei que me fartei dias a fio, senti-me adolescente outra x, escrevi que me fartei e distanciei-me de mim para ver melhor. Eu é que me sentia assim antes de qq outra pessoa sequer pensar que eu n tinha valor. Nesse dia desatei o nó. Percebi que tinha de ser eu a valorizar-me, a respeitar-me, a apreciar-me, a tratar-me bem sem esperar nada de ninguém. Leva o seu tempo dói de caraças, mas vale a pena.
Beijinhos :)
Também não gosto de te "ouvir" falar assim.. =( *
Raquel
Eu voltei à terapia por isso mesmo :) Obrigada pelas palavras de alento.
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