segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Post privado

Não deixo de ter raiva, é triste mas é verdade. Já por diversas vezes te fiz esta pergunta: porquê eu? porquê a mim? Eu estava quieta, estava no meu canto. Não se passava nada de especial, excluindo a nortada da minha terra, tudo era sereno. Tudo era uma calmaria. Eu sou feliz assim: com as pequenas coisas da vida. Ao contrário do que possa parecer aqui no blogue, não procuro um amor, não procuro ninguém. Só quero estar quieta, com a minha filha e os meus amigos. A maior prova disso é que ao fim de 4 anos e meio de separação, estou sozinha. Eu não ambiciono o que as princesas do sec. XXI ambicionam: um príncipe. Eu ambiciono paz, saúde e calma para mim, para a minha filha, família e amigos. Mais nada. Gosto de viver aqui no lugar onde vivo, gosto destas pequenas coisas que este lugar me proporciona. Quero ter um emprego que me realize, ter dinheiro, ter a minha filha comigo e o resto virá se tiver que vir.
Eu não te procurei, F. Aliás, aqui entre nós os dois que ninguém nos ouve, pedi-te vezes sem conta para saires, para ires embora e tu foste sempre ficando e eu que gostava de ti fui-te deixando ficar. Fui covarde? Fui. Mas o meu coração é fraco para estas coisas do amor. Eu disse-te só amei uma vez na vida. Vê lá tu, 37 anos e amei uma vez na vida. Eu não sei jogar, eu não sei fingir e tu sabes. E mais grave, tu sabes que sabes e sabes que eu não sei. E continuaste a jogar. Porquê, F.? Continuo a perguntar, porquê a mim? Descreveste-me tão bem no ínicio. Disseste-me que se via que era boa pessoa, que até estranhavas haver alguém com a minha idade com esta candura (palavras tuas), que parecia um personagem de um livro. Porquê marcar uma pessoa com essa maldade? Com essa crueldade? Porquê a mim? Tanta cabra que para aí anda a precisar de umas lições. Porquê eu? Eu dei-te tudo o que tinha de melhor, fui pura contigo, honesta, verdadeira, nunca tive merdas, nem subterfúgios, estive sempre aqui de braços abertos, fui sempre preocupada contigo, fui sempre tua amiga, tive o maior dos carinhos por ti, pensava sempre em ti, sonhei contigo meses seguidos todas as noites, tantas vezes acordei de madrugada só para falar contigo. Porquê a mim F.? Porquê? Eu estava quieta, eu não fiz nada. Eu não te convidei para entrares na minha vida. Tudo o que aqui escrevo não é uma cobrança, também já te disse vezes sem fim que não eras obrigado a gostar de mim. Mas, podias ter-me respeitado. Assim, como te respeitei até quinta-feira. Disse-te uma vez: entraste na minha vida como um vendaval, desarrumaste tudo, foste embora, bateste com a porta e ainda gritaste do outro lado: agora arruma tu! Não tinhas o direito de não me ter defendido perante tudo aquilo. Além de ficares do lado da Heidi (para não lhe chamar cadela que é o que ela é, mas não quero esse nome mais aqui no blogue), não acreditaste em mim. Eu que nunca te menti, eu que te avisei que isto ia acontecer. Eu avisei-te que isto ia acontecer. E não contente com o que fizeste (ou melhor, não fizeste) ainda lhe foste contar coisas da minha vida, nomeadamente falar da MC. Ela manipula-te, já reparei. Vi pelas mensagens. E ela é má. Vou dar-te só um exemplo, eu enviei-lhe uma mensagem a dizer que não lhe desejava mal nenhum, que só continuava a falar contigo ao telefone porque não fazia a mínima ideia da existência dela, que a culpa era tua não nossa. Ela respondeu cordialmente. Dei o assunto por encerrado e passadas duas horas volta a mandar mensagem a insultar-me. Eu sei que acreditas é nela. Eu sei. Porque são as cabras que ganham sempre, porque são as sonsas que ficam com a melhor. Mas ainda agora me pergunto, se é deste género que gostas. Porquê eu? Porquê a mim? Eu estava tão quieta no meu canto. Não me meti contigo, nem sonhava que existias. Porquê a mim?
Adenda: que prazer mórbido é este de fazer mal a alguém que nem conhecemos? que prazer mórbido é este de espezinhares (como fizeste naquelas mensagens) quem tão bem te quis?