Ou sou eu que escrevo muito mal ou as pessoas que não entendem o que escrevo, mas a verdade é que por vezes fico pasma com coisas que me dizem.
O meu blogue não é ficção, o que aqui escrevo sou eu mesma, com mais floreado ou menos, é tudo verdade. Quando me pedem para escrever sem ter vontade, não imaginam o mal que me fazem. Oiço coisas do género: põe só fotografias/imagens, escreve sobre futilidades. Não me peçam isso, eu não sou assim. Eu só escrevo sobre o que me apetece escrever, não vou escrever posts por escrever ou para alimentar o sitemeter. Eu também sou fútil e todos o sabem, mas agora estou num momento em que não me apetece falar sobre isso. Estou num momento da minha vida que estou preocupada com coisas realmente importantes. Eu gosto de escrever aqui sobre tudo, mas tudo o que me vai na alma. Acho que se vê tão bem quando estou: apaixonada, desiludida, eufórica, triste, feliz,etc. Porque eu sou transparente e o blogue faz parte de mim. Neste momento, não está nada dentro da minha alma que valha a pena ser aqui escrito. Não me apetece escrever.
Acho que todos concordamos que ninguém gosta de estar triste. E eu muito menos, acreditem. Mas há momentos que são assim e o que trago dentro de mim há mais de uma década, em alguma altura tinha que ser resolvido. É um passado demasiado pesado, mas vou ter que ficar triste muito triste, porque quando descemos bem fundo, depois só nos resta subir e é o que eu sei que vai acontecer.
A mim não me apetece escrever aqui, lamento. Não me apeteceu estes dias e não me apetecia agora, mas tive que vir aqui desabafar por causa do que me disseram há pouco. Estou num momento da minha vida que o blogue me irrita. Isto vai passar, eu sei que vai... Esta é a minha natureza: sou de rompantes. Agora apetece-me ficar assim, quieta e calada. Mas vai chegar o dia em que vou querer falar, em que vou querer voltar a escrever. Pode ser amanhã, para a semana ou daqui a um mês.
Quando há uma semana disse que tinha sofrido um baque e disse que já o esperava há 10 anos, acho que se deduzia que era um baque que ia demorar a passar. E vai, demorar muito. Mas tudo com calma. Neste momento a tristeza fez-me perder a vontade de escrever aqui, como já houve momentos em que fez com que escrevesse desenfreadamente.
Todos que me lêem devem ter percebido que eu gosto de alguém. Pois até a ele tentaram colar esta história. Pois, se eu só o conheci em Agosto como é que poderia vir de há dez anos atrás? Por favor, não vejam coisas onde não as há. Eu estou bem, e vou voltar a escrever com a mesma frequência que escrevia. Mas agora quero ficar assim: aninhada, com uma botija de água quente, uma chávena de chá, a lamber as feridas para ficar boa rápido, rápido...