(este post foi escrito na sequência de uma promessa que fiz a mim mesma de nunca mais haver auto-censura neste blogue. ia escrever no blogue secreto, mas quero partilhá-lo com quem me lê e quero feedback. no outro não é possível. quero vêr se sou só eu que sinto isto. este é um direito que me assiste como autora deste blogue. se vão achar que são recados, se vão achar que são pedidos, só tenho a dizer que não, não são.)
Há aqueles dias em que dávamos tudo para que o nosso telefone tocasse. Tudo. Acordámos a olhar para ele, vemos se não haverá uma mensagem perdida, uma chamada não atendida. A cada toque o coração dispara, a cada mensagem já vemos o nome dele. E o dia todo, a tampa abre e fecha freneticamente. Depois há alturas em que pensámos: vamos deixá-lo na carteira, longe dos nossos olhos, como se isso o fizesse tocar. Naqueles momentos em que lá fica, cresce a esperança. Os segundos entre o que demorámos a procurá-lo e o temos na nossa mão, são momentos de (falsa) felicidade, porque julgámos: sim, vai ser agora. Mas não é, nunca é. Esse momento não chega. E nesses dias o que não faltam são: chamadas de números anónimos (aqui mais uma esperança que seja ele a ligar de um número desconhecido), de mensagens da zone, da optimus, do diabo a 4. Mas nunca é a chamada ou a mensagem que queremos.
Chego a pensar que o telefone está avariado, peço às amigas para ligarem para eu saber que está mesmo a funcionar. Quando uma me diz: "ainda agora te liguei e tinhas o telefone desligado", volta a aumentar a esperança. Evito os sítios sem sinal, ou com pouco, não se vá dar o caso dele ligar. Cheguei ao ridículo, há pouco, de enviar uma mensagem a mim própria, só para confimar se estava tudo bem e o aparelho a funcionar.
No meio de tudo isto, tenho a certeza que não vai haver telefonema, mas ainda há espaço para todos estes pensamentos. Não tenho como evitar.
Chego a pensar que o telefone está avariado, peço às amigas para ligarem para eu saber que está mesmo a funcionar. Quando uma me diz: "ainda agora te liguei e tinhas o telefone desligado", volta a aumentar a esperança. Evito os sítios sem sinal, ou com pouco, não se vá dar o caso dele ligar. Cheguei ao ridículo, há pouco, de enviar uma mensagem a mim própria, só para confimar se estava tudo bem e o aparelho a funcionar.
No meio de tudo isto, tenho a certeza que não vai haver telefonema, mas ainda há espaço para todos estes pensamentos. Não tenho como evitar.
36 comentários:
Todo o post é um déjà vú dos meus dias até há uns anos atrás!
Beijinhos,
Bomboca do Amor.
Ui...meses e meses seguidos assim! Sei bem o que isso é e infelizmente não é isso que o faz tocar!
acontece-me tantas vezes...
Podia fazer minhas essas palavras... mas acrescento uma nuance: como medo que as mensagens ou o telefonema se tenha perdido no infinito, sou capaz de desligar e ligar o telemóvel... na verdade até sou capaz de o pôr noutra divisão só com esperança de que dê sinais de vida... e não! Não dá...
Tão verdade...
Como te compreendo!! COmo te compreendo!!
Rita, tens razão, todas as mulheres te entendem, pois numa ou outra fase da vida já passaram pelo que descreves. E que bem o descreves!
Neste momento tenho uma amiga, que liga, desliga, coloca em silêncio, coloca no parapeito da janela, pede para lhe darmos um toque para ver se está a funcionar...
Ocorre-me dizer-lhe duas coisas. Primeira coisa: o blog é seu e a Rita faz dele o que quiser. Se não vai usar e aproveitar o que é seu por causa da mesquinhice de terceiros a única pessoa a sair prejudicada acho que seria a Rita. Além disso de certeza que não deve nada a ninguém pois não, então vá em frente.
Segunda coisa: se não liga, olhe, diga adeusinho. Eu não teria paciência. De certeza que o que não falta são homens a querer ter o privilégio de lhe poder ligar a toda a hora ;)
Posso ser nova mas também eu já tive um desgosto de amor e comigo aconteceu exactamente o mesmo. Acrescentando o facto de quando o telemóvel estava na mala por vezes parecia-me que estava a vibrar, mas nunca era nada. Enfim, tempos que já lá vão. Contigo certamente que também vão passar. Só com o tempo, mas vai passar :)
Olá Rita..
conheço a dor que isso nos provoca, nos intervalos da falsa esperança... olha linda, o que passas neste momento apenas tu consegues sentir, o que te posso desejar é que tudo se resolva nesse teu coração para que não sofra mais.
perfeitamente normal..aqui por estes lados acontece a mesma coisa :(
A mim por vezes acontece-me o mesmo, ou pior...chego a "ouvir" o que julgo ser o toque do tlm...
É desgastante...
O truque que uso. Desligo-o pura e simplesmente....
Ja aconteceu sim, nao es a unica a ter esse tipo de sentimentos e um dia vais achar que tudo nao passou de uma perda de tempo porque ele nao merecia nem 1/3 do tempo que se perdeu a pensar nele , a viver essa ansiedade.
Meninas eu já não sofro, fico ansiosa, mas não sofro. E quanto aos outros que telefonam, é verdade que ligam sim, mas não me tiram o chão, nem me fazem borboletas na barriga :)
Já não tenho idade de chorar por causa disto, é só mais uma etapa, nada mais... Foi um estado de alma sobre o qual me apeteceu escrever. No fundo, ou à superfície tanto faz eu sei que não vai haver telefonema :)
Acho que todas passamos por isso, um dia...e não vale a pena dizer que se não liga o melhor é desligar-mos, é porque não nos merece. Até pode ser verdade, mas não é isso que nos faz sentir melhor, não é verdade? Antes fosse....
Pronto já nos aconteceu a todas parece! Ai e não ha nada pior pois não? Mas fiquei tão surpreendida porque o que disseste é EXATAMENTE o que me acontece(menos estes tempos) mas isto foi o que me aconteceu durante muito tempo! E como eu odeio-o quando faço essas figuras só por causa dele!!!
Sentimo-nos tão sozinhas quando é assim, e é tão ridiculo mesmo! Quando Finalmente ele decide-se a dar sinal de vida faço questão de não responder logo, tipo" estou ocupadíssima, e nem sequer tive atenta ao telemóvel" pfff sou mesmo...baaaaaaaaah!
Podia ter sido eu a escrever este post. Compreendo perfeitamente.
Rita...
Rita, Rita!
Achas que quem que quer (e bem!) te deixa assim?
Parece-me que estás adar prioridade a quem faz de ti uma opção... e às vezes...
Tanto homem por aí, valhamedeus!
Beijo doce
Sorry!
Esqueci uma coisa importante.
Achas que só as mulheres entendem?
Achas mal!
;)
Já todas nós passamos por isso! Mais ou menos tempo! Descrição perfeita do sentimento que é :)
Beijinho*
Eu também era assim, há um ano atrás...
Agora, todas as mensagens são para mim mensagens normais, banais, de pouca importância, pois tenho perfeitamente noção que, após tanto tempo, ele não me irá mandar mensagem nenhuma.
Quando estou a adormecer, e o meu telemóvel faz o "bip" de ter recebido mensagem, muitas vezes nem a leio, tamanha é a "emoção" e a "curiosidade" que tenho de a ter recebido...
É bom saber que não somos as únicas com taras e manias quanto aos telemóveis e às mensagens e telefonemas que gostávamos de ouvir chegar. Se ao menos os homens pudessem ver que as coisas não são tão complicadas como eles fazem parecer, e que não fazia mal nenhum darem sinal de vida de vez em quando...
Beijinho*
Jane,
os homens tendem a descomplicar as coisas e não o contrário. Haverá excepções, claro, mas no geral nenhum homem gosta de complicar. Acho que vocês é que muitas vezes não percebem como as coisas são simples...
Se não dão sinal, é porque não querem dar sinal. Simples, não achas? Não há que fazer disto uma história e um drama...
Como disse o Rui Zink "apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se que nem um postalinho"...
Acho que na maior parte do tempo vocês nem sabem o que querem...
SUSPIROOOOOOOOO...
Aconteceu.me isso há pouco tempo, olhava milhões de vezes para o telelé...
Milhoes de vezes , acreditas???
Depois optei por o pôr longe de mim , para não olhar tantas vezes...ao fim de meia hora nada....
E O RESULTADO ERA aperto no coração...
Já não fico no chão...porque , porque...
Mas também fica sempre um MAS...
Ritinha um SUUUUUUrrisinho encaracolado para ti....
Bolas. Como somos estúpidas e todas iguais. Impressionante.
Olha Didá este post não foi escrito para chamar ninguém de estúpida. É fácil deduzir, já que falo de mim e não me tenho em tão pouca conta.
O post fala de sonhos, de desejos e de ingenuidade se quiseres, agora de estupidez não fala. Sei que não fala, porque fui eu que o escrevi.
Desculpa se te ofendi, não era minha intenção. De todo. Escolhi a palavra errada. Estava a referir-me a mim própria porque me revi no teu texto, gesto por gesto e nunca deveria ter usado o plural. Espero que compreendas o que quero dizer.
Didá
:) Beijo...
oh Miguel tocaste no ponto. Até vou fazer post disso. Beijo ;)
Juro que estou inocente!
:|
O pior é quando gostavamos que o nosso telefone tocasse - 12 anos depois.... A vida arrumada, a história parece que ficou arrumada, mas não...há sp um cantinho de nós que tem esperança que seja hoje que surja um simples: "estás bem?".
Eusinha
Tu desculpa o palavrão... Porra 12 anos depois? Estou passada...
;) É como nos filmes...espera-se por ser velhinho e acabar abraçadinho num lar, já sem dentes ehehehe. São coisas da vida. Bjs.
Rita,
Um Amor só se "esquece" com outro Amor. Se não existe esse outro Amor, sim, é normal estares 12 anos a pensar nisso...
Pelo menos é o que eu acho!
(e eu até acho que um Amor nunca se esquece porque essas pessoas ficam sempre em nós... podemos é viver a vida sem traumas/fantasmas se encontrarmos outro Amor...)
Miguel,
A verdade é mesmo essa, o Amor verdadeiro nunca se esquece. Mas a vida vida segue preenchida, alegre e sem traumas. Aquele cantinho fica guardado, só pra nós. Bjs
Adorei este post... Descobri o blog muito recentemente, e gosto de quase tudo o que é escrito, mas este post é realmente sublime....
Era realmente bom que por ignorar-mos a fonte da resposta fizesse com que esta viesse mais rapidamente...
Então agora juntar ao telemóvel o FaceBook e afins... AI, a angústia em que vivemos...
Bjo* Sapatilha *
Brutal!
Fiquei fã!
Genial!
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