sábado, 16 de março de 2013

Querido Ruy:
 
Hoje acordei num mundo mais vazio, mais triste. Olhei lá para fora e o tempo manifesta isso mesmo: que há algo que falta. Falta-me o Ruy, falta eu saber que à distância de um telefonema estava lá. Mas, vou continuar a caminhada, para a frente.
O Ruy conhecia-me bem, sabia de que barro sou feita, conhecia as minhas lutas {conheci-as tão bem!} e admirava-me pela forma como as travava. Eu sei, tantas vezes mo disse. Passou por toda a minha vida e viu que em todas as fases eu tive sempre algo pelo que lutar, desde o divórcio dos meus pais, até a esta mais recente: pela minha filha. Esteve sempre presente. Ligava-me preocupado e os dois perguntávamo-nos: Como é possível? Riam-nos muito, lamentávamo-nos, sorriamos. Tinhamos amizade um pelo outro, muita
Ontem, no momento que guardei para nós dois estarmos juntos, um sol radioso abriu-se e tive logo ali, um sinal que o caminho tem que ser percorrido. Vou continuá-lo com a garra que conheceu. Prometo. Essa é a maior homenagem que lhe posso fazer: continuar a lutar por tudo o que acredito e ganhar. Porque não temos dúvidas que vou ganhar, pois não ;-)?
 
Um dia, espero que seja dos primeiros a receber-me. Com aquele sorriso radiante e sincero. Desculpe por tudo o que prometi que iamos fazer juntos e que não cumpri. Um beijo muito amigo da afilhada adoptiva.*
 
 
* prometo não chorar mais