segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
das pessoas que me são próximas e das quais faço questão de estar rodeada # 2
toda a gente que lê este blogue sabe que vivo sozinha com a MC. não é fácil gerir tudo e felizmente tenho pessoas muito bondosas na minha vida que me ajudam no meu dia a dia com a minha filha. a MC, três vezes por semana, entra às oito da manhã, duas delas vai com o pai de uma amiga e na outra sou eu que as levo. sou sozinha, o meu orçamento é mais reduzido que o de um casal {é normal}, mas há pessoas que poderiam marimbar e nem pensar nisso. pois, as pessoas que me rodeiam e que eu faço questão que me rodeiem, pensam. ajudam-me, oferecem-se para ajudar e sempre com um sorriso. mas, não é por isso que escrevo este post. escrevo-o, porque este pai desta amiguinha da MC tem mais dois filhos pequeninos que entram meia-hora mais tarde no colégio e ele - para que eles possam dormir mais 20 minutos - leva a MC e a filha à escola: faz 7kms para lá, mais 7 para cá e vem buscá-los para voltar a ir para lá {mais 6 kms}. tudo isto para que possam estar mais uns minutos na cama. eu enterneço-me com este gesto, com esta atitude, porque ainda dizem que não há homens de verdade. Há sim e eu conheço-os.
domingo, 30 de novembro de 2014
segurem-me, ai vocês segurem-me
cada vez que vejo a mc a tirar uma selfie apetece-me dar-lhe um bufardo: acho o cúmulo do narcisismo. odeio.
nisto sai a mim:
no bom gosto. mc a ver um filme com o matt damon e a falar sozinha com a televisão:
- ai o meu menino, coisa mailinda...
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
mesmo comigo a acordar às seis da manhã
a MC consegue chegar em cima da hora à aula das 8h15. Arre lá para a miúda que para acordar é o cabo dos trabalhos. Odivelas é a solução: acorda e já lá está: na escola. Vou começar a levar a ideia mais a sério.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Rita, a tentar ver o lado positivo de tudo, desde 1973
esta tentativa nem sempre bem sucedida, diga-se de passagem, mas neste momento estou concentrada nisso: acabei de foder a persiana do meu quarto, chove a potes... fico contente por não ir dormir uma porra ou romantizo a coisa? nem sei o que fazer...
constatação do {meu} dia:
há mães que para marcarem a festa dos filhos fazem tantas perguntas, tantas perguntas mas tantaaaaassssss perguntas que nem quero imaginar quando os casarem... deumalibre, nossa senhora...
deve ser das "Ritas"
« É tão fácil não gostar. Não querer. Não correr. Permanecer naquilo que já conhecemos. Que não nos surpreende. Saber de cor os dias. e ter as noites controladas. Ter o passo seguinte traçado e o caminho meio rabiscado. É tão simples prescindir e não lutar. É tão fácil querer viver no vazio. É simples esquecer sentir. Optar não tentar.
É tão parvo não gostar quando se gosta. É idiota não querer quando se quer. É estúpido não arriscar. É triste o medo ganhar.
É pequenino não querer ser grande. ».
Rita Leston
É tão parvo não gostar quando se gosta. É idiota não querer quando se quer. É estúpido não arriscar. É triste o medo ganhar.
É pequenino não querer ser grande. ».
Rita Leston
quem me conhece sabe que sou de afetos, de abraços, beijos, rompantes, paixões avassaladoras. quando gosto, gosto; quando não gosto não faço fretes. por norma quando quero algo, num instante, esse algo passa a desejo, há quem diga que se deve à minha paixão por tudo. não gosto de estar muito tempo no mesmo lugar e gosto de explorar o desconhecido. adoro surpreender e que me surpreendam, gosto da cor e da roda viva dos meus dias. queixo-me, mas não saberia viver de outra forma. não costumo fazer projetos a longo prazo. não gosto muito de pensar no futuro. esse construo-o agora, aqui. gosto do já e do que tenho para dar e receber no presente. luto, sou uma lutadora e dou luta. muito dificilmente prescindo dos meus desejos , luto até me falharem as forças, mas todos os dias sinto-as renascer. de quando em vez, gosto do silêncio, mas abomino vazios. tudo na minha vida é a transbordar: as gargalhadas, as lágrimas, os sorrisos, a côr, o amor pelas minhas pessoas, a minha casa, a felicidade, a tristeza... tudo em mim é exagero. eu não penso, eu sinto. sinto tudo no limite: o bom e o mau. tentar, tento sempre, mas se tiver que recuar recuo com o mesmo orgulho do avanço.
não finjo sentimentos, o que sinto é genuíno e "gritado aos 4 ventos". quando gosto, gosto mesmo: adoro. não sou de fingimentos: se quero algo vou lá e faço, digo, grito, sorrio, converso e explico. quando não mo deixam fazer, sinto-me castrada e isolo-me ou então disparo em todas as direções. arrisco sempre, sempre. às vezes caio, estrepo-me toda, magoou-me, choro: choro muito, mas depois levanto-me e tipo miúda: puxo as mangas, limpo as lágrimas nelas e sigo caminho. quem me conhece sabe que metros à frente, já sorrio outra vez.
nunca quis ser grande: sempre quis foi dar o melhor de mim e ser um exemplo para a minha filha. acho que há dias que consigo. alguém um dia ensinou-me que ser humilde é termos noção que não somos mais do que ninguém. é isso: lutei para ser humilde, tento todos os dias ser mais um bocadinho. eu não quero ser grande: eu quero crescer todos os dias e hoje, conseguir ser melhor do que ontem.
este texto é desta Rita: Eu :-)
hoje o meu dia começou azul
ou melhor: tornou-se azul rapidamente. acordei super atrasada com um stress dos diabos, mas o email da Maria arrancou-me um sorriso. A Maria é voluntária na U.DREAM e pediu a ajuda de uma das Empresas à qual presto serviços na concretização do sonho de uma criança. Visitem a página da U.DREAM, façam like, divulguem-na aos vossos amigos. Vamos ajudar a concretizar sonhos. Este já está em vias de ser real. Como diz a Maria: "{...} acreditando em todas as instâncias que juntos, podem tornar o mundo num sitio mais bonito de viver, sitio esse onde nenhum sonho é impossível, onde nenhum sorriso é negado {...}. Vamos apoiar os sonhos destas crianças e "roubar-lhes" sorrisos.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
sms da MC
- Ai mãe, venha buscar-me ao autocarro. Está um frio de rachar.
- Aceleras o passo e já aqueces. Até fazes exercício físico...vais ficar com umas pernas de tombar.
- Oh mãe...
- Vais ficar mais gira do que já és...
pronto, acho que a convenci :-)
foda-se
Deus, dá-me paciência, eu não consigo viver aqui.
outro dia, um técnico da nós foi lá casa fazer uma instalação e esqueceu-se do casaco. só reparei mais tarde. como não tinha outro número, liguei para a linha de apoio ao cliente, contei o sucedido, identifiquei-me e pedi para ele me ligar para combinarmos a melhor maneira de lho entregar. oh pá, a rapariguinha que me atendeu que só deve ter 3/4 tipo de respostas para dar, começou por fazer-me meia dúzia de perguntas - na minha opinião, absolutamente desnecessárias, mas ok -, às quais respondi. quando confirmei a morada preparava-me para desligar e dizer tipo: ele depois que me ligue. Diz a mocinha: só um momento e deixa-me 12 minutos a ouvir música. quando ela volta, pergunto-lhe se ela está louca. 12 minutos a ouvir música, para o rapaz ir buscar o casaco?
Resposta do outro lado: estive a reportar o problema.
...
resumindo: se isto vos acontecer, metam-no num saco preto e deitem-no ao lixo.
não sou de fingimentos
não sei fingir o que não sinto. não sou capaz de fingir que não ouvi ou que não falei. não consigo fingir que algo não aconteceu. não consigo olhar nos olhos de quem disfarça, de quem quer jogar. não consigo não dizer o que me incomoda. não consigo ser outra que não eu mesma. a genuidade faz parte da minha coluna vertebral: do meu caráter. sou teatral, mas não represento. sou dramática, mas verdadeira. os dramas vêm da minha intensidade e de viver tudo ao limite. quando tentam que eu seja algo que não sou, levanto-me e educadamente venho embora. foi o que aconteceu há pouco. quando conseguires assumir o que fizemos, a intensidade com que fizemos e podermos conversar sobre isso sem pudores, sem joguinhos, sem merdas, voltarei: inteira. porque só assim é que conseguirei ser eu própria. as meias ritas, por aqui, não existem.
oh pá
não me façam rir.
podia aproveitar que já lá está e ficar. era um favor que fazia à nação. dai-me paciência.
sou doida. enquanto me lembrar...
ontem vieram cá jantar 10 adolescentes mais a MC. ai que me dói o corpo todo. organizei, com a ajuda de uma das melhores amigas da minha filha, um jantar surpresa{obrigada, Maria}. fui buscá-la ao final da tarde, andei às voltas a fazer recados. quando entrámos em casa, cá estavam elas. a MC adorou, estava super feliz e enquanto me lembrar da cara dela, sorrio. mas que estou aqui que nem posso, estou. que gritaria, que estafeira. parabéns, MC. muitos parabéns que tenhas um ano muito feliz.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
A MC faz hoje 14 anos
faz agora 14 anos e alguns minutos que entrava na Ordem da Lapa, aqui no Porto, para fazer nascer aquela que é a minha companheira de vida. Para o bem e para o mal estamos aqui as duas de pedra e cal uma para a outra. Essa é uma das certezas
Tenho muito orgulho em ser tua mãe, minha filha. Pões-me louca todos os dias, desarrumada como só tu, pouco estudiosa, respondona, mas não te trocava por nenhuma outra. Parabéns, MC.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
proantos
retiro o que disse: as medidas só vão ser lidas quando estivermos todos a dormir. estou a pensar em fazer uma direta, não perco isto por nada.
MC no seu melhor
- Oh mãe, o Sócrates está arrependido de ter investido tanto nas escolas: devia ter feito melhorias nas prisões...
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