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Ele há dias

Sempre quis um trabalho sem horários, sempre sonhei em ser eu a gerir o meu tempo. E embora não tenha total liberdade [quer dizer, tenho objectivos e assuntos que têm que ser tratados todos os dias da semana, mas vou gerindo], tenho isenção de horário, que por si só é óptimo. É bom, em determinadas alturas, alturas em que tenho que fazer milhares de coisas fora de porta e não fico fechada todo o dia dentro de um gabinete. Mas ontem, arrependi-me [por umas boas duas horas] de alguma vez ter desejado isso. Eram oito e vinte da noite e estava a chegar a casa com tudo o que isso implica. A MC às nove e meia vai para a cama. Foi a loucura! Estava tão estafada, mas tão estafada que nem sei bem explicar como é que dei conta do recado. Hoje eram oito e vinte e já estava sentada na minha secretária a responder emails.

Mas, hoje acordei contente com o meu desejo. Ele há dias :)

Vou comprar e ler

Não, porque me disseste que gostaste, mas porque preciso de ler algo que me inspire.

 

" [...] A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite.".

 

Acho que me vou rever em alguma coisa e também percebi que não me falaste dele por acaso.

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Quartas-feiras

Parece-me [P-A-R-E-C-E-M-E!] que vai passar a ser o dia mais tranquilo da semana. É o único que almoço sozinha, aquele que vou ter tempo para fazer as minhas coisas. É que muitas vezes a Rita mãe da MC sobrepõe-se à Rita mulher. Tem que haver tempo para as duas; as duas têm coabitar e por vezes é difícil arranjar o equilíbrio. E depois a Rita profissional parece que quer "abafar" as outras todas. Já estou como o outro: isto de ser mulher é tramado!

Hoje é o dia que a MC seguiu para a escola de boleia; uma das minhas amigas vai buscá-la à escola, vai dar-lhe de almoçar, volta a deixá-la na escola; depois a meio da tarde volta a buscá-la e deixa-ma no meu emprego. Há poucos lugares no mundo que pudesse ser assim, as terras pequeninas têm destas coisas.

Não entendo aquelas pessoas que quando lhes perguntamos o número de telefone, respondem: não sei.

Mas, mais confusão me faz aquelas que rematam com: não costumo ligar a mim própria [com um sorrisinho].

Se calhar sou eu que sou maluquinha que sei tudo de cor: número de BI, NIF, contas bancárias, só o da segurança social é que ainda não decorei [talvez porque os deteste].

Quando a esmola é grande o santo desconfia.

Recebi uma promoção, daquelas da LetsBonus que vende 40 sessões de cavitação e de liposhaker por 49 euros. Eh pá, desconto de 98% é muita coisa, não acham? Hummm

Pessoas daqui do Porto: já ouviram falar da clínica "new one" aqui na Invicta?

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Oh pá, eu não aguento com isto

MC: Oh mãe, eu não posso levar a mesma camisola que levei na última aula de dança. Pelo amor de Deus...

Eu: [...] mas foi lavada.

MC: Oh mãe...

 

[até me ligou da escola para eu não me esquecer de levar outra camisola. que vaidosa. Deus meu!]

Eu estava a portar-me tão bem, mas tão bem. Tenho comido imensa fruta, sopa todas as refeições, menos petiscos, muita água. Estava contente comigo. Até que ontem umas filhas da mãe, de umas gomas se atravessaram no meu caminho. É que foi assim mesmo: eu estava quietinha; elas passearam-se à minha frente. Pronto. Foi a desgraça.

Coisas que me fazem feliz

As gargalhadas da minha filha às oito menos dez da manhã. Aquelas gargalhadas vindas de dentro - da alma. Ela e um amigo.

Sei que hoje alguém faz anos, agora quem... não me consigo lembrar! É o que dá, partir 865467290 de telefones por ano - nunca tenho nada organizado. E na minha moleskine nunca lá escrevi nada dessas coisas. Tenho cartas, textos, poemas. Agora datas de aniversário, nada.

Reclamo, reclamo, mas adoro acordar cedo*, muito cedo. O dia fica enorme, com imenso tempo para fazer tudo [ou quase tudo]. O despertador tocou às seis e as coisas que entretanto já fiz!

 

Falo só à semana, já que ao fim-de-semana adoro dormir.

 

*tal como tu

Ainda do regresso às aulas

"Caro Professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos ou verdadeiros, mas por favor, diga-lhe que por cada vilão há um herói, por cada egoísta, um líder dedicado, ensine-lhe, ensine-lhe também por favor que por cada inimigo haverá um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a gozar a vitoria, afaste-o da inveja e ensine-o a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, ensine-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitoria vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo que sozinho, contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duros com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensine-o a ouvir a todos, mas na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando está triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram, ensine-o a ignorar multidões que reclamam sangue e a lutar contra todos só se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe a fé sublime no criador e também em si próprio, pois só assim poderá ter fé nos homens. Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro Professor.".

Abraham Lincoln.

1830

 

Roubado, descaradamente, à Smile

O carácter de um homem, vê-se pela forma como lida com as mulheres que se atravessam na sua vida. Há uns bons anos envolvi-me com um, que num dos intervalos da nossa relação conheceu outra pessoa. Quando voltou a estar comigo, vi o desprezo com que tratava a rapariguinha. A falta de consideração que tinha pela mesma. Chegou ao ponto de nem lhe atender o telefone, desapareceu da vida dela sem dizer nada - sem uma conversa, uma explicação.

Ao contrário da maioria das mulheres que conheço, não achei aquilo uma prova de amor, não achei que aquilo provasse que me amava e que eu estava acima de tudo. Interpretei aquilo como uma tremenda sacanice, e que se era capaz de fazer aquilo a uma mulher, seria capaz de fazer a todas [eu incluída, que não sou mais do que ninguém, nem acho que só acontece às outras]. Nunca mais fui capaz de olhar para ele com os mesmos olhos. O carácter [para mim] é tudo, mesmo!

Quem me lê sabe que não aderi às regras do Novo Acordo Ortográfico. Mas, isto vai ter que acabar. Leio o que escrevo e sinto-me um dinossauro. Quase como a minha avó, que até aos últimos dias escrevia famácia com ph.

Em modo, cigarra a mil

Hoje [já começou sexta, mas hoje foi a doer], por aqui, começa um novo ano com as rotinas de sempre: despertador a tocar às seis e meia, ela a resmungar para acordar, as boleias, o vou eu ou hoje não é o meu dia!, o buscar para almoçar, o organizar as actividades todas, a correria de fim de tarde, os deveres, os testes, o meu trabalho volta a ter horários mais flexíveis [tem que ter], o fazer mais em menos tempo, o conciliar tudo, as ementas [é este ano que vou fazer ementas!], o traçar novos objectivos, o lufa lufa do Inverno.

O que me / nos vale são os fim-de-semana, pelo que dizem serão quentes e muitos dias de praia [ainda] nos esperam. Planos e mais planos. Venha lá esse ano e que seja bommm...

Há duas horas a encapar livros. Juro que é a única altura do ano que fico feliz de ter tido só uma filha.

Boas notícias [pelo menos para mim!]

Dizem que o sol e o calor vão ficar até ao fim de Outubro.